São Paulo, quinta-feira, 03 de fevereiro de 2005

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POLÍTICA CULTURAL

Verba tem aumento de R$ 11 mi em relação ao ano passado

Banco do Brasil investirá R$ 46 mi

RICARDO WESTIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco do Brasil anunciou ontem que os investimentos em seus centros culturais subirão de R$ 35 milhões, valor do ano passado, para R$ 46 milhões neste ano.
"O aumento da rentabilidade do banco nos permitiu aumentar os recursos destinados à cultura", afirmou Henrique Pizzolato, diretor de marketing e comunicação.
O anúncio da cifra foi feito no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) de Brasília e teve a presença do ministro da Cultura, Gilberto Gil, e do subsecretário de Patrocínios da Secom (Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica), Jafete Abrahão.
O Banco do Brasil tem hoje três centros culturais, em Brasília, São Paulo e Rio. O quarto CCBB, em Recife, fica pronto no ano que vem. No ano passado, 3,7 milhões de pessoas viram exposições, filmes e peças de teatro nos CCBBs.
Além dos centros culturais, há o chamado Circuito Cultural Banco do Brasil, com exposições e espetáculos que percorrem cidades que não têm um CCBB. De acordo com Pizzolato, esse "CCBB itinerante" deve alcançar 18 cidades (foram 16 no ano passado).
Apesar da presença do ministro da Cultura e de um representante da Secretaria de Comunicação, os valores investidos em cultura não têm reforço de nenhum dos dois órgãos. Eles se limitam a um papel de coordenação para garantir a diversidade dos projetos aprovados e evitar que haja uma inflação nos custos da área cultural.
"Vocês, artistas, têm de pressionar as empresas estatais e privadas para que liberem mais verbas", afirmou o subsecretário da Secom, referindo-se ao fato de terem sido aprovados para este ano apenas 235 dos 2.500 projetos.
"A inscrição pela internet dá mais transparência ao processo. Evita o balconismo", disse o ator Matheus Nachtergaele, que neste ano apresenta a peça "Aníbal Cinco Minutos", sobre a espera pelo resultado de um teste de HIV.
Já Gil falou que o setor cultural "ótimo não está, mas está melhorando" e que, "felizmente", os artistas são sempre "insaciáveis". "Nunca estão satisfeitos com as verbas que têm, e isso é ótimo."


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