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SÉRIE
Prinze Jr. confunde graça com canastrice
LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL
Você provavelmente não sabe o
nome dele, mas já viu sua carinha
de bebê pidão muitas vezes em
comédias românticas bobinhas
feitas em Hollywood. Tá bom,
vou ajudar: ele foi o Fred do insosso "Scooby-Doo". Ambicioso,
Freddie Prinze Jr. se lança na frente e atrás da telinha com um seriado chamado "Freddie" -será falta de idéia ou pura presunção?
Criada, produzida e estrelada
por ele, a série se inspira na própria família do ator. No programa, Freddie Moreno é um jovem
solteirão que conseguiu sair de casa e ser bem-sucedido como um
chef num restaurante de Chicago.
Teria tudo o que gostaria, não
fosse uma batelada de problemas
que passa a acometer sua família,
e ele se vê de novo cercado pelas
mulheres de sua vida: a irmã mais
velha e a filha adolescente, a cunhada amalucada e a avó porto-riquenha que não fala inglês.
Com todos vivendo sob o mesmo teto, Freddie vai ter de se virar
para conviver com as manias da
família, das quais achava que tinha ficado livre, e tentar ter uma
vida de homem disponível. Não
vai ser fácil, e a graça é para vir daí.
O problema é apostar tudo no
"carisma" de Prinze Jr. À beira
dos 30 anos, já não está na hora de
parar de bancar o universitário à
caça de uma bela mulher?
A idéia de investir na carreira televisiva surgiu após a participação
especial na nona temporada de
"Friends", como um "homem-babá" sensível. Funcionou, mas
os protagonistas eram outros.
A família desajustada podia até
dar certo, mas há seriados que fizeram antes e melhor, como os
encantos de "A Feiticeira", a gordura de "The King of Queens" ou
até mesmo a psicopatia de
"Everybody Loves Raymond".
Se Freddie Prinze Jr. já era canastrão no cinema, sem a pressão
de um público ao vivo e sem a dificuldade de ter de fazer graça, na
TV só tende a piorar. A única coisa certa aqui é ele estar nessa casa
de loucos. Embora falte como vizinhos os produtores da série.
Freddie
Quando: estréia hoje, às 20h, na Warner
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