São Paulo, quinta-feira, 03 de março de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Karajan rege Mozart em quinto volume da Coleção Folha

Gravação da ópera "A Flauta Mágica" traz grandes intérpretes líricos dos anos 1950

DE SÃO PAULO

No domingo, um dos maestros mais importantes do século 20 rege Mozart na Coleção Folha Grandes Óperas. À frente da Filarmônica de Viena, Herbert von Karajan (1908-1989) dirige "A Flauta Mágica", o quinto volume da coleção.
Nascido em Salzburgo, cidade natal de Mozart, o austríaco Karajan foi a figura mais poderosa da música clássica na Europa entre a década de 1960 e seu falecimento.
Regendo sempre de cor, sem consultar qualquer partitura e fechando os olhos durante a execução musical, dirigiu a Filarmônica de Berlim por 35 anos, consolidando-a como a melhor orquestra do planeta.
Também foi bastante ativo no setor fonográfico. Desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da tecnologia do CD, e suas inúmeras gravações fizeram-no uma espécie de campeão de vendas no setor erudito, com estimativas chegando a 200 milhões de cópias comercializadas.
Sua primeira gravação, em 1938, foi justamente a abertura da ópera "A Flauta Mágica", que ele gravaria na íntegra mais tarde.
A gravação da Coleção Folha reúne cantores que eram a nata da Ópera de Viena na década de 1950, como o tenor esloveno Anton Dermota (Tamino), a soprano alemã Irmgard Seefried (Pamina), o barítono austríaco Erich Kunz (Papageno) e a também austríaca Wilma Lipp, soprano encarregada de cantar as difíceis e agudas árias da Rainha da Noite.

MAÇONARIA
Um dos meninos-prodígios mais assombrosos da história da música, Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), austríaco de Salzburgo, começou a compor aos cinco anos de idade.
Na época de sua morte precoce, aos 35, compusera mais de 600 obras, em todos os gêneros praticados naquele tempo -incluindo 22 óperas.
Mozart era membro da maçonaria, assim como o ator Emanuel Schikaneder (1751-1812), que escreveu o libreto da ópera, além de cantar o papel cômico de Papageno.
Não surpreende, dessa forma, que "A Flauta Mágica" faça uma série de alusões a códigos, alegorias e ritos maçônicos.
A trama está ambientada no Egito Antigo, onde o jovem Tamino, auxiliado pelo amigo Papageno, tem de superar uma série de provas e derrotar as artimanhas da Rainha da Noite para se mostrar digno de merecer o coração de sua amada Pamina.
Desde a estreia, em Viena, no último ano de vida do compositor, no Theater auf der Wieden, "A Flauta Mágica" conseguiu enorme sucesso de público e crítica devido à proeza de ser um espetáculo "popular", de comunicação direta com o público, sem abrir mão do rigor e da sofisticação.
"A Flauta Mágica" tem elementos tanto para cativar o "leigo" quanto para garantir a admiração do especialista.


Texto Anterior: Crítica/Rock: R.E.M. reencontra melhor fase após 19 anos
Próximo Texto: Comida: Assassinaram o camarão
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.