São Paulo, terça-feira, 03 de abril de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Foco

Baixista do Clash quebra o palco na despedida do Hammersmith Palais

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DE LONDRES

Foi com uma repetição de sua célebre pose estraçalhando seu baixo, registrada na capa do disco "London Calling", que o baixista do Clash, Paul Simonon, se despediu da lendária casa de shows Hammersmith Palais, em Londres, no sábado.
A diferença é que, dessa vez, Simonon tinha em mãos uma machadinha, que usou para arrancar um pedaço do palco que será derrubado, assim como a casa, para dar lugar a um prédio de escritórios e um restaurante.
"Acho que eu mereço um pedaço desse lugar", disse o baixista, referindo-se ao fato do Clash ter imortalizado o lugar na música "(White Man) in Hammersmith Palais", de 1978.
Simonon voltou ao Palais para o último fim de semana de shows do lugar acompanhado de sua nova banda, The Good, the Bad and the Queen, que conta ainda com Damon Albarn (do Blur e Gorillaz) nos vocais.
"É um lugar fantástico. Uma pena que estejam fechando", disse Albarn à platéia, lembrando também a origem do lugar, em 1919, como um salão de baile e de chá, e os incontáveis ícones musicais -de Bill Halley aos Rolling Stones, dos Sex Pistols a Elton John- que o Palais abrigou.
No show, a banda de Albarn e Simonon, completada pelo guitarrista Simon Tong (ex-Verve) e pelo baterista nigeriano Tony Allen, tocou todas as 12 músicas de seu recém-lançado álbum.
O público acompanhou interessado, mas o show oscila entre os mesmos altos e baixos do disco. Os destaques foram "History Song", "80's Life" e as improvisações da banda em "Kingdom of Doom". No bis, duas grandes músicas que não entraram no álbum: "Dog House" e "Mr. Whippy".


Texto Anterior: Música popular é tema de revista lançada pela Biblioteca Nacional
Próximo Texto: Spike Lee revê destruição do Katrina
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.