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Foco
Baixista do Clash quebra o palco na despedida do Hammersmith Palais
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DE LONDRES
Foi com uma repetição de
sua célebre pose estraçalhando seu baixo, registrada
na capa do disco "London
Calling", que o baixista do
Clash, Paul Simonon, se despediu da lendária casa de
shows Hammersmith Palais,
em Londres, no sábado.
A diferença é que, dessa
vez, Simonon tinha em mãos
uma machadinha, que usou
para arrancar um pedaço do
palco que será derrubado,
assim como a casa, para dar
lugar a um prédio de escritórios e um restaurante.
"Acho que eu mereço um
pedaço desse lugar", disse o
baixista, referindo-se ao fato
do Clash ter imortalizado o
lugar na música "(White
Man) in Hammersmith Palais", de 1978.
Simonon voltou ao Palais
para o último fim de semana
de shows do lugar acompanhado de sua nova banda,
The Good, the Bad and the
Queen, que conta ainda com
Damon Albarn (do Blur e
Gorillaz) nos vocais.
"É um lugar fantástico.
Uma pena que estejam fechando", disse Albarn à platéia, lembrando também a
origem do lugar, em 1919, como um salão de baile e de
chá, e os incontáveis ícones
musicais -de Bill Halley aos
Rolling Stones, dos Sex Pistols a Elton John- que o Palais abrigou.
No show, a banda de Albarn e Simonon, completada
pelo guitarrista Simon Tong
(ex-Verve) e pelo baterista
nigeriano Tony Allen, tocou
todas as 12 músicas de seu
recém-lançado álbum.
O público acompanhou interessado, mas o show oscila
entre os mesmos altos e baixos do disco. Os destaques
foram "History Song", "80's
Life" e as improvisações da
banda em "Kingdom of
Doom". No bis, duas grandes
músicas que não entraram
no álbum: "Dog House" e
"Mr. Whippy".
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