DA REPORTAGEM LOCAL

No próximo dia 17, a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo planeja distribuir 120 mil ingressos de cinema entre alunos da rede pública da capital.
Os bilhetes, que a secretaria adquire dos exibidores, serão válidos em oito cinemas da zona Sul (Morumbi, Market Place, SP Market, Jardim Sul, Interlagos e Fiesta), durante seis semanas, só para filmes brasileiros em cartaz nessas salas.
Esse será o início do programa "Vá ao Cinema" na capital. Desde o ano passado, a iniciativa vem sendo executada em cidades do interior e acumula a distribuição de 300 mil ingressos. Com o impulso do programa, segundo a secretaria, o longa "Chega de Saudade", de Laís Bodanzky, já lançado na capital, terá sua estréia antecipada em municípios do interior.
A meta do "Vá ao Cinema" é distribuir 2,5 milhões de ingressos no Estado em 2008. O total de bilhetes de cinema vendidos no país a cada ano gira em torno de 90 milhões.
A distribuição na capital será rotativa pelos cinemas, de acordo com as regiões geográficas. Os ingressos serão sempre oferecidos em escolas próximas de onde ficam as salas.
O secretário João Sayad diz que o programa "Vá ao Cinema" "não salva o cinema nacional, mas cria um público. Não é bom para o cinema nacional, é bom para o público".
Ele afirma não ver inconveniente no fato de o programa consolidar o subsídio à exibição de filmes nacionais, cuja produção e distribuição também costumam ser amparadas por subsídios.
"Antigamente, numa era religiosa, o natural era coisa criada por Deus. Hoje, o natural é aquilo que dá lucro. O fato de uma atividade ser subsidiada parece um escândalo. É subsidiado! E daí? É um bom subsídio, um bom gasto", afirma. (SA)


Texto Anterior: João Sayad teme risco de extinção da Lei Rouanet
Próximo Texto: Indicado ao Oscar, documentário investiga erros dos EUA no Iraque
Índice