DA REDAÇÃO

Não é à toa que Ian McCulloch adora o Brasil. Da última vez em que baixou por aqui, em outubro do ano passado, para divulgar o CD "Flowers", o vocalista do Echo se divertiu "pouco": bancou o DJ em um clube de São Paulo, assistiu a um Palmeiras x Corinthians da arquibancada do Morumbi e depois jantou na churrascaria dos sertanejos Chitãozinho & Xororó. E ainda tirou foto com o pagodeiro Alexandre Pires quando o encontrou em outra noitada.
Em 2001, além dos inseparáveis óculos escuros, dos cigarros e da roupa preta, McCulloch continuava carregando seu "rock'n'roll way of life": no dia em que viu o clássico do futebol paulista, ele cancelou gravação em um programa da apresentadora Xuxa. Achava que "já era demais".
Antes disso, a banda de Liverpool já havia passado pelo país duas vezes: em 87 (em seis históricos shows) e em 99 (para apresentações em São Paulo, Rio, Porto Alegre e Curitiba).
Entrando fácil, fácil em qualquer lista sobre as cinco bandas britânicas mais importantes dos 80, o Echo fez sua estréia em palcos brasileiros com criatividade e fama ainda lá em cima -coisa rara entre as bandas internacionais que aportavam no país na época.
Em 87, ano de lançamento de "Echo & The Bunnymen", o disco de "Lips Like Sugar" e "The Game", McCulloch, Sergeant e cia. fizeram cinco shows no Anhembi, em São Paulo, e um no Rio. Segundo McCulloch, foi uma das três melhores turnês da história do grupo. (Quem viu sabe do que ele está falando.)
Doze anos depois, mesmo após perder seu lugar no andar mais alto do rock, o Echo voltou ao país e levou 5.000 fãs ao Via Funchal, na capital paulista. Novamente, não dava para perder ao vivo "The Killing Moon", "Do It Clean", "Rescue". E, de novo, não vai dar para perder agora. (TN)