São Paulo, terça-feira, 03 de maio de 2005

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SAÚDE

Especial revela maternidade após os 30

CLAUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma lição que a mulher nunca aprende na infância é que existe um limite biológico para gerar um filho. A partir dos 35 anos, as chances de uma gravidez natural decaem, e, dos 40 em diante, a queda é ainda mais vertiginosa. Mesmo com a ajuda da reprodução assistida, ter um filho nessa fase da vida pode não ser tão simples assim.
O documentário "Maternidade Tardia" trata exatamente desse crescente fenômeno de mulheres que decidem vivenciar a maternidade tardiamente e das dificuldades que encontraram. O país escolhido foi a Austrália, onde uma em cada dez mulheres tem seu primeiro filho após os 35 anos.
Três mulheres, com idades entre 37 e 46 anos, protagonizam histórias parecidas: sempre foram profissionais brilhantes e, na faixa dos 30, perceberam que não sobrou tempo para gerar filhos.
Deborah Thomas é uma jornalista que teve o primeiro filho aos 46 anos, depois de ter feito várias tentativas de fertilização in vitro (FIV). "Pensei que estava entrando na menopausa", diz, referindo-se à ausência da menstruação.
O programa acompanha as semanas finais da gravidez da também jornalista Thereza Miller, 37. O trabalho de parto, que levou dois dias e foi feito em uma banheira, reúne os momentos mais emocionantes do documentário.
Não menos tocante é a história da artista plástica Etienne Cohen, que, aos 44 anos, corre em busca da maternidade. Com uma baixa reserva ovariana, ela já ouviu de vários médicos que está "velha" para ser mãe e que uma gravidez com seus próprios óvulos será "virtualmente um milagre".
Ainda que cometa impropriedades técnicas (como chamar de inseminação um procedimento que é, na verdade, uma FIV), o documentário é fiel aos dramas das personagens e nos faz refletir sobre o papel da "super-mulher-moderna" em busca da questionável tríade: profissional brilhante, amante perfeita e mãe ideal.


Maternidade Tardia
Quando:
quinta, às 21h, no GNT


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