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Carneiro não fala de acusação de plagiar cineasta
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma bomba explodiu às
vésperas de João Emanuel
Carneiro estrear sua segunda novela, "Cobras &
Lagartos", em 2006.
O cineasta Walter Salles, até então amigo de
Carneiro e para quem ele
havia trabalhado no roteiro de "Central do Brasil"
(1998) e de "O Primeiro
Dia" (1999), acusou o novelista de plagiar seu novo
filme, "Linha de Passe".
O longa, de Salles e Daniela Thomas, disputará a
Palma de Ouro no Festival
de Cannes, que começa dia
14, e teve o roteiro modificado por Bráulio Mantovani ("Cidade de Deus").
Salles afirmou que o
mocinho de "Cobras & Lagartos", um motoboy que
tocava música clássica interpretado por Daniel de
Oliveira, era plágio de um
personagem de "Linha de
Passe", no qual Carneiro
havia trabalhado como roteirista. O caso foi revelado pela Folha, e o autor da
novela, procurado insistentemente pela reportagem, nunca quis rebater as
acusações. À época, a Globo fez mudanças no personagem, regravou capítulos
e chamou a questão de
"mal-entendido".
Na entrevista desta página sobre "A Favorita",
que Carneiro preferiu fazer por e-mail, a Folha
voltou a questioná-lo sobre a acusação e perguntar
por que nunca quis falar
da polêmica. "Esse assunto ainda é um trauma recente e eu prefiro não falar
sobre isso", respondeu.
Carneiro havia ido trabalhar com Salles porque
chamara a atenção do
mercado cinematográfico
ao ser premiado, aos 22
anos, no Festival de Gramado pelo seu curta-metragem "Zero a Zero". Filho de família intelectualizada, ele trabalhou pela
primeira vez com 14 anos,
com o escritor e desenhista Ziraldo.
(LM)
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