São Paulo, sábado, 03 de maio de 2008

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Carneiro não fala de acusação de plagiar cineasta

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma bomba explodiu às vésperas de João Emanuel Carneiro estrear sua segunda novela, "Cobras & Lagartos", em 2006.
O cineasta Walter Salles, até então amigo de Carneiro e para quem ele havia trabalhado no roteiro de "Central do Brasil" (1998) e de "O Primeiro Dia" (1999), acusou o novelista de plagiar seu novo filme, "Linha de Passe".
O longa, de Salles e Daniela Thomas, disputará a Palma de Ouro no Festival de Cannes, que começa dia 14, e teve o roteiro modificado por Bráulio Mantovani ("Cidade de Deus").
Salles afirmou que o mocinho de "Cobras & Lagartos", um motoboy que tocava música clássica interpretado por Daniel de Oliveira, era plágio de um personagem de "Linha de Passe", no qual Carneiro havia trabalhado como roteirista. O caso foi revelado pela Folha, e o autor da novela, procurado insistentemente pela reportagem, nunca quis rebater as acusações. À época, a Globo fez mudanças no personagem, regravou capítulos e chamou a questão de "mal-entendido".
Na entrevista desta página sobre "A Favorita", que Carneiro preferiu fazer por e-mail, a Folha voltou a questioná-lo sobre a acusação e perguntar por que nunca quis falar da polêmica. "Esse assunto ainda é um trauma recente e eu prefiro não falar sobre isso", respondeu.
Carneiro havia ido trabalhar com Salles porque chamara a atenção do mercado cinematográfico ao ser premiado, aos 22 anos, no Festival de Gramado pelo seu curta-metragem "Zero a Zero". Filho de família intelectualizada, ele trabalhou pela primeira vez com 14 anos, com o escritor e desenhista Ziraldo. (LM)


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