São Paulo, terça-feira, 03 de maio de 2011

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OSB pediu obra para violonista Yamandu

Em MG, Orquestra Filarmônica aguarda peça de Sérgio Rodrigo

Maestro Fabio Mechetti diz que Villa-Lobos produzia parte de suas músicas sob encomenda de grupos estrangeiros

DE SÃO PAULO

Em 2010, o compositor Sérgio Rodrigo, 28, ouviu pela primeira vez uma obra sua tocada por orquestra. "Foi um bombardeio de sons", lembra. "Tem partes que você compõe que não tem jeito de imaginar, só ouvindo."
A obra, escrita durante o período universitário, acabou vencendo um concurso da Filarmônica de Minas Gerais. Como prêmio, Rodrigo teve uma peça encomendada pela orquestra.
A apresentação será em agosto, junto com uma suíte de Maurice Ravel (1875 -1937). "Como a peça do Ravel tem orquestra cheia, me deixaram usar um efetivo grande, com 80 músicos."
Desde dezembro ele escreve a peça, de dez minutos, pela qual receberá R$ 15 mil. Para ganhar tempo, se licenciou do trabalho como professor de música.
Não lamenta o investimento: "Tem a dimensão imediata, prática, de valorizar o currículo. E tem a dimensão simbólica, de pensar que, em algum momento da história, por uma hora, eu vou ter existido junto com Ravel."
No Rio de Janeiro, os instrumentistas Yamandu Costa e Hamilton de Holanda compuseram a "Fantasia Brasileira para Bandolim e Violão". "Nos encontramos dez vezes para fazer a melodia da música", disse Yamandu. "Mas eu não teria capacidade de orquestrar, e nem tenho essa pretensão", completou.
A orquestração está a cargo violonista Paulo Aragão, do Quarteto Maogani. Em outubro, a peça será tocada pela OSB, no Municipal do Rio.
Fabio Mechetti, maestro da Filarmônica de Minas Gerais, diz que parte das obras de Villa-Lobos (1887-1959) foi produzida sob encomenda.
Claudia Toni, assessora de música da Fundação Padre Anchieta, completa: "Só existe repertório musical clássico porque ele foi encomendado. Bach era assalariado de igrejas; Mozart servia aos nobres do Império Austro-Húngaro." (RK)


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