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CINEMA
Depois de fechar seis cinemas na cidade devido ao Ecad, Severiano Ribeiro diz que pode haver nova baixa
Mais salas devem ser fechadas no Rio
ANNA LEE
da Sucursal do Rio
O grupo Severiano Ribeiro poderá fechar mais cinemas no Rio, por
causa de liminar judicial em favor
do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição).
A liminar, concedida pelo juiz da
1ª Vara Cível do Rio, Marco Antônio Ibrahim, determina a arrecadação de 2,5% da renda mensal
bruta de cada sala de cinema no
Estado, para pagamento dos direitos autorais das trilhas sonoras dos
filmes.
Na sexta-feira, o grupo, um dos
maiores exibidores do país, fechou
seis de seus 80 cinemas no Rio.
"Meu medo é que outras salas sigam esse mesmo rumo, porque o
pagamento dessa taxa é uma condenação à guilhotina", disse o advogado do grupo, Marcos Bitelli.
Segundo o gerente de marketing
do Severiano Ribeiro, Arturo Netto, as salas que foram fechadas já
eram deficitárias e "a necessidade
do cumprimento dessa liminar foi
definitiva para inviabilizar sua
operação comercial".
Os depósitos deverão ser feitos
em juízo até que seja julgada a ação
que o Ecad move contra os exibidores do Rio, desde 1992, por conta dos direitos autorais das trilhas
sonoras dos filmes. Essa liminar
existe desde 98, mas estava suspensa. Por isso, o juiz determinou
que os exibidores também depositem o valor referente aos meses em
que a liminar ficou suspensa
-cerca de R$ 340 mil, segundo o
Ecad-, o que já foi feito.
"A alegação do grupo Severiano
Ribeiro de que está fechando salas
porque não tem condições de pagar os direitos autorais ao Ecad é
leviana. Ele pode estar passando
por uma crise, mas os 2,5% do valor de cada ingresso de R$ 10, que é
R$ 0,25, não pesam para ninguém", diz o advogado do Ecad José Clementino.
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