São Paulo, sexta-feira, 03 de junho de 2005

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Histórias começaram em programa de rádio

DA REPORTAGEM LOCAL

Comparada no meio literário com "O Senhor dos Anéis" e "Harry Potter", a série do britânico Douglas N. Adams iniciada com "O Guia do Mochileiro das Galáxias" deve, agora que chegou ao cinema, ganhar reverência como "Star Wars" ou "Jornada nas Estrelas".
As aventuras do terráqueo Arthur Dent e de seu amigo extraterrestre Ford Prefect são uma espécie de fenômeno cult no Reino Unido, de onde surgiu, em 1978, como um programa da Radio 4, da BBC. Com o sucesso no rádio, Adams foi convidado a colocar em livro suas histórias espaciais. O tema rendeu cinco volumes -além do primeiro, "O Restaurante no Fim do Universo" e "A Vida, o Universo e Tudo Mais" também foram editados pela Sextante no Brasil.
Em 1982, houve uma primeira tentativa de levar a história para Hollywood, mas o projeto empacou.
Bem-humorado, Douglas N. Adams orgulhava-se de ter as iniciais DNA em seu nome. Era tão apaixonado pela ciência quanto pela natureza. A linguagem de seus livros é didática e sem excessos; seu humor é escrachado, auto-depreciativo, sendo sempre comparado ao do conterrâneo Monty Python. Mas uma referência ainda mais próxima é Woody Allen -uma olhada em alguns dos contos do cineasta revela as semelhanças do estilo das piadas: às vezes neurótico, às vezes ácido.
Douglas Adams morreu em 2001, aos 49, na californiana Santa Barbara, vítima de infarto. (THIAGO NEY)


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