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Astro pode pegar até 20 anos
Júri começa a decidir destino de Jackson
DA REPORTAGEM LOCAL
A promotoria e a defesa do caso
Michael Jackson apresentaram
suas alegações finais ontem,
abrindo caminho para que o júri
comece a decidir o destino do astro, que enfrenta dez acusações
-entre elas, a de abusar sexualmente de um menor. Se for considerado culpado, o cantor, que se
diz inocente, poderá passar até 20
anos na prisão.
Em sua última apresentação aos
jurados, a promotoria insistiu em
retratar Jackson como um "predador sexual" que usava álcool e
pornografia para seduzir menores e levá-los a seu "mundo proibido de sexo e abuso".
"Este caso é sobre a exploração e
o abuso de um sobrevivente de
câncer de 13 anos pelas mãos de
uma celebridade internacional",
disse o advogado da promotoria
Ron Zonen, que mostrou aos jurados fotos do menor durante sua
internação por causa do câncer.
Zonen também descreveu como "totalmente errado" o argumento, apresentado pela defesa,
de que a família da suposta vítima
pretende extorquir o astro, já que
foi Jackson quem fez o primeiro
contato com o menor.
Segundo a promotoria, a defesa
não conseguiu provar que a mulher e sua família pretendiam ganhar dinheiro de Jackson. "A mãe
do garoto nunca pediu um centavo a ele, nunca lhe pediu nada."
O advogado da acusação também lembrou os testemunhos da
suposta vítima e de seu irmão caçula, nos quais eles declararam
que o astro lhes mostrou material
pornográfico em Neverland.
O documentário "Vivendo com
Michael Jackson", no qual o astro
fala sobre seu hábito de dividir a
cama com crianças e aparece de
mãos dadas com o garoto que
agora o acusa, também foi citado
pela acusação.
Zonen disse que a "tempestade
de pânico" desencadeada pelo
documentário levou Jackson, auxiliado por cinco de seus funcionários, a planejar o seqüestro da
suposta vítima e de sua família
para mantê-las fora do alcance da
mídia e, assim, salvar a carreira e a
reputação do astro.
Após o encerramento da promotoria, que falou por quase três
horas, a defesa de Jackson fez suas
alegações finais instando o júri a
absolver o astro. Thomas Mesereau Jr., chefe da defesa, voltou a
atacar a família do acusador, que
chamou de "mentirosa".
"Estamos tratando aqui da vida,
da reputação e do futuro de Michael Jackson", disse Mesereau,
afirmando que a promotoria não
conseguiu provar suas acusações.
O advogado de Jackson desqualificou a maneira como a promotoria tentou defender a credibilidade da mãe da suposta vítima.
"Não há, para além de qualquer
dúvida razoável, maneira de descrevê-la como confiável", disse.
"O que o promotor fez há pouco
foi atacar a defesa. (...) Sempre
que alguém faz isso, sabemos que
ele está com problemas em provar suas acusações", concluiu.
Com agências internacionais
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