São Paulo, sexta-feira, 03 de junho de 2011

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Artista fertilizou cena musical paulistana

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Fela Kuti dizia que estava criando "música clássica africana". Mas seria impossível ter previsto a influência que teria, 14 anos depois de sua morte e 40 de seu auge artístico, sobre uma geração de músicos sintonizados com suas ideias.
O afrobeat, como Fela chamava sua fusão de vertentes da música negra, cruzando tradições africanas com dinâmicas de funk e jazz, é destino ou ponto de partida de incontáveis formações que brotam pelo planeta hoje.
Em São Paulo, sob diferentes níveis de influência, interessantes bandas, como Sambanzo, Afro Electro e Uafro, se apresentam por bares e clubes. Uma das mais recentes, o Bixiga 70, toca no lançamento de "Fela - Esta Vida Puta", e no dia 28 de junho, no Sesc Pompeia.
Com sotaque próprio sobre as criações iniciais de Fela, a banda junta dez músicos de São Paulo que também se espalham por projetos como Rockers Control, Otis Trio, ProjetoNave e Coisa Fina. Seu disco de estreia deve sair no segundo semestre.
"No século 20, Fela foi o único artista que de fato criou um gênero musical", observa o biógrafo Carlos Moore. "E, hoje, grupos de todo o mundo estão experimentando dentro desse gênero, criando algo novo."
Da Itália ao Japão, é uma música que está fertilizando a criatividade e se juntando a outras culturas. É uma coisa extraordinária", afirma. (RE)


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