|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MÚSICA
Cantora confirma possibilidade de estar no Free Jazz Festival deste ano
"Eu adoraria tocar no
Brasil", afirma Lauryn Hill
PAULO VIEIRA
especial para a Folha, em Londres
A cantora Lauryn Hill encerraria
ontem, em Manchester, a turnê européia de seu primeiro disco solo,
"The Miseducation of Lauryn
Hill", que a levou a países como
Bélgica, Alemanha e Noruega. Anteontem, numa loja de jeans de sua
patrocinadora, no centro de Londres, ela concedeu entrevista a jornalistas, onde confirmou a "vontade" de fazer shows no Brasil este
ano, após um giro já certo pelos
EUA, África e Caribe.
Lauryn Hill está sendo cotada
para o Free Jazz. A organização só
se pronuncia no próximo semestre, mas, extra-oficialmente, funcionários da gravadora que representa a artista no Brasil dão como
certa sua presença no evento.
"Eu adoraria tocar no Brasil. Estamos tentando arranjar as datas.
A turnê agora volta aos EUA, passa
pelo Caribe e África, e, depois disso, gostaria de estar na América do
Sul, e, especificamente, no Brasil",
disse Lauryn.
A cantora, vocalista de um dos
grupos mais bem-sucedidos dos
anos 90, os Fugees (17 milhões de
cópias vendidas do segundo álbum, "The Score"), lançou-se em
carreira solo com "Miseducation",
em setembro do ano passado.
Seu sucesso foi extraordinário.
Nos EUA já vendeu 5 milhões de
cópias, no Reino Unido, 600 mil.
Além disso, rendeu a Lauryn cinco
Grammy, incluído o de melhor
disco de 1998, o que fez dela a primeira artista de hip hop a receber
tal prêmio.
Dizendo-se uma "pessoa aberta", exposta a todo o tipo de música, Lauryn Hill arrancou risadas
dos jornalistas ao dizer que não seria má idéia voltar a ficar grávida
para produzir seu próximo disco.
"Estar grávida acentuou meu lado
criativo."
Em uma das músicas de "Miseducation", "To Zion", dedicada ao
filho Zion, Lauryn diz ter sido
pressionada para não ter a criança.
"Em vez de usar a cabeça, usei o coração", diz um verso da letra.
Lauryn voltou a afirmar sua
identificação com o reggae. (Além
de o fato de ela ser casada com Rohan Marley, filho de Bob Marley,
com quem teve Zion.) "Sempre
ouvirei Marley, Peter Tosh e outros cats."
Manteve a dúvida sobre a volta
ou não dos Fugees: "Grupos significam relacionamentos". Atendendo a uma jornalista que lhe pediu
uma "mensagem às crianças", a
cantora, após meditar, foi enfática:
"dinheiro não é tudo."
A passagem pelo Reino Unido
serviu também para promover o
novo single extraído de "Miseducation". Chama-se "Everything is
Everything" (não, ela não conheceu Tim Maia) e chega às lojas em
três versões, uma delas instrumental.
Pras
Em entrevista por telefone à Folha, de Nova York, outro integrante dos Fugees, o rapper Pras, negou o fim do grupo.
"Temos planos para entrar em
estúdio no próximo ano, é apenas
uma questão de acertar as agendas", disse ele.
Texto Anterior: Televisão: Sky lança mais 12 canais do serviço de pay-per-view Próximo Texto: Hill faz R&B para público de hip hop Índice
|