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CINEMA
"Eu Tu Eles", longa de estréia do diretor Andrucha Waddington, é inspirado em história real do interior do CE
Casé vive "quadrado amoroso" em filme
da Sucursal do Rio
Russas, município do interior do
Ceará. Lá, Darlene de Lima Linhares, uma mulher valente, determinada e extremamente vaidosa, vive em harmonia com seus três maridos. O primeiro, Osias, é um homem rico para os padrões locais.
Mas é sovina, ranzinza e mantém
com a mulher um casamento de
pouco amor e carinho.
O segundo, Zezinho, é primo de
Osias. Meigo, prestativo, seu
maior prazer é satisfazer os desejos
de Darlene. Mas a profunda dedicação o transforma em quase um
irmão para a mulher.
O terceiro, Ciro, é jovem, másculo, surge repentinamente e se
transforma no grande amor da vida de Darlene.
O "quadrado" amoroso, inspirado em uma história real acontecida no interior do Ceará, é o tema
central de "Eu Tu Eles", primeiro
longa-metragem do diretor Andrucha Waddington, 27, produzido pela Conspiração Filmes.
O grande trunfo de Waddington
em sua estréia no cinema é a participação da atriz Regina Casé. Pela
primeira vez como protagonista
de um filme, Regina será Darlene.
"Ela não quis que isso acontecesse, mas tudo foi acontecendo e
ela foi arranjando a situação da
melhor maneira, driblando as dificuldades. Chega um, ela ajeita em
casa, ele vira marido. Chega o outro, ela se apaixona e vira mais um
marido. E eles vão vivendo harmoniosamente até que chegam os jornalistas e a história se torna pública. A partir daí, tudo muda", diz
Regina, sobre a personagem.
Waddington teve a idéia de fazer
o filme depois de ler nos jornais e
ver na TV reportagens sobre a história de Maria Marlene Silva Sabóia e seus três maridos, na cidade
de Quixelô, no Ceará.
A princípio, o diretor pensou em
um curta. Depois de uma conversa
com a roteirista Elena Soárez, a
história inspirada em Marlene virou um longa.
"Fomos até lá para conversar
com ela, mas depois de sua história ter se tornado pública, foi difícil convencê-la a nos autorizar a
fazer um filme", conta o diretor.
Para conseguir autorização, o diretor e a roteirista se comprometeram a não usar o nome de Marlene
no personagem nem mostrar fotos
da mulher e de seus maridos.
(CRISTINA GRILLO)
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