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Bragança Paulista investe em eletrônico e regional
TEREZA NOVAES
DO GUIA DA FOLHA
Saem as batutas e a música erudita, entram os pick-ups e o regionalismo. O estilo musical marca a
diferença entre o Festival de Inverno de Campos do Jordão e o de
Bragança Paulista, que também
começa hoje.
Para a abertura do evento de
Bragança (a 83 km de São Paulo),
por exemplo, foram escalados o
DJ Marcelinho e a banda BeatChoro Superfly, que devem tocar
uma inusitada mistura de hip hop
e chorinho.
A programação musical prossegue aos sábados, até 21 de agosto,
privilegiando a fusão dos ritmos
regionais e da eletrônica. Entre as
atrações, estão Totonho e os Cabra, SoulZé, Alta Fidelidade e
Mercado de Peixe.
O local das apresentações é o
galpão Busca Vida, uma antiga
leiteria na área rural da cidade
transformada numa mistura de
alambique, pizzaria e casa de
shows.
O festival, que está na terceira
edição, engloba também outras
atividades, sediadas na fazenda
Serrinha. A propriedade de 115
hectares pertence à família dos irmãos Marcelo e Fábio Delduque,
co-organizadores do evento, há
três gerações.
Os 100 mil pés de café que no
passado ocupavam as terras da
Serrinha deram lugar a uma pousada e uma reserva ecológica particular, reconhecida pelo Ibama.
É nesse espaço que o diretor de
teatro Zé Celso, a chef Neka Menna Barreto e os artistas Bené Fonteles, Luiz Hermano, Dudi Maia
Rosa, Fernando Limberger, Rochelle Costi e Carlos Fajardo realizam workshop.
"A idéia é propiciar uma intensiva imersão artística, fazer com
que os participantes convivam dia
e noite com os artistas e com o
processo de criação", diz Marcelo.
Os trabalhos devem resultar em
intervenções na fazenda e, em setembro, serão expostas, com uma
documentação das atividades, em
SP, no Paço das Artes.
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