|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MEMÓRIA
Criador dos Stones morreu há 30 anos
Livros confrontam morte de Brian Jones
SYLVIA COLOMBO
de Londres
Depois de transformar o pop dos
anos 60, desfilar por Londres usando sedas de Marrakesh e de criar
uma das maiores bandas de rock
da história, os Rolling Stones, o
polêmico multiinstrumentista
Brian Jones, 26, amanheceu morto
na piscina de sua casa, na capital
britânica, em 3 de julho de 1969.
Trinta anos depois, dois livros
estão sendo lançados na Inglaterra
trazendo novos argumentos para a
versão, já conhecida, porém não
oficial, de que o stone teria sido, na
verdade, assassinado.
"The Murder of Brian Jones" ("O
Assassinato de Brian Jones"), da
ex-namorada do músico Anna
Wholin, e "Brian Jones: The Last
Decadent" ("Brian Jones: O Último Decadente"), de Jeremy Reed,
tentam confrontar a explicação
que foi divulgada à época de que
Jones teria se afogado sozinho na
piscina de sua mansão.
Segundo a versão que ficou no
arquivo da polícia e que foi divulgada pela mídia, na madrugada em
que Jones morreu, estava acontecendo em sua casa uma pequena
festa. Os convidados seriam o
construtor Frank Thorogod, que
comandava uma equipe de empregados que estava fazendo uma reforma nos jardins e na piscina, Janet Lawson, amiga do Stone, e a estudante sueca Anna Wholin.
Jones estaria deprimido, pois
apenas poucas semanas antes tinha sido expulso dos Rolling Stones sob os argumentos de que teria
se entregado às drogas e negligenciado a banda. A uma certa altura
daquela noite, ele teria decidido
nadar um pouco, estava embriagado e se afogou sozinho.
O que Anna Wholin, hoje com 53
anos, defende em seu livro é que
Jones teria sido afogado pelo construtor Thorogod, tendo como
cúmplices os outros construtores.
Jeremy Reed também defende
que Thorogod seja o assassino de
Brian Jones. O escritor diz em seu
livro que o construtor considerava
o stone um "alvo fácil", vulnerável
à sanha dos empregados, pois posava como pop star, bebia o dia inteiro, recebia várias mulheres e os
destratava com frequência.
Reed também acha que os empregados podem ter agido sob ordens de outras pessoas. Ressalta
que o músico teve várias mulheres
e filhos, por ele renegados.
No dia 5 de julho de 1969, dois
dias depois de sua morte, os Stones
fizeram um concerto no Hyde
Park para Jones. Era uma forma de
homenagear o criador da banda,
responsável por sua transformação psicodélica, um dos momentos mais inspirados do conjunto.
Livro: The Murder of Brian Jones
Autora: Anna Wholin
Lançamento: Blake Publications
Quanto: US$ 20 (151 págs.)
Livro: Brian Jones: The Last Decadent
Autor: Jeremy Reed
Lançamento: Creation Books
Quanto: US$ 17,95 (160 págs.)
Texto Anterior: Campos do Jordão: Festival começa sem atração internacional Próximo Texto: Festival: "Boi" Garantido ganha em Parintins Índice
|