São Paulo, sábado, 03 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros PAINEL DAS LETRAS JOSÉLIA AGUIAR joselia.aguiar@grupofolha.com.br Grandes e pequenas Vocês lucram com isso? "Às vezes, dá para empatar", diz um editor de grande porte, que ocupa cerca de 400 m na 15ª Bienal do Rio. Bienal é como festa de aniversário ou casamento. Vale pela celebração; ninguém espera recuperar em presentes o dinheiro gasto. Para as editoras independentes, pagar R$ 1.000 por metro quadrado, além de despesas com gente e envio de livros, torna a festa inviável. A disposição dos estandes também não os anima: os grandes ficam juntos, atraindo a maior parte da atenção do visitante com seus autores de best-seller e celebridades. //Livro popular A Libre, que reúne cem editoras independentes, aprovou o projeto do livro popular, a R$ 10, anunciado pela presidente Dilma Rousseff na Bienal. Mas há preocupações, dirá a Libre em carta a ser enviada ao MinC e à Fundação Biblioteca Nacional. Uma delas: o governo deve estimular a bibliodiversidade, se necessário adotando medidas para equilibrar a participação das editoras. A adoção de faixas de preços diferentes, de R$ 15 e R$ 20 reais, pode ampliar o número de livros ofertados sem prejuízo da ideia central de baratear o preço final, conclui a Libre. //Um pichador na paulista Bienal, Flip, prêmios: cada vez que não está em uma lista de escritores escolhidos, Marcelo Mirisola escreve para jornais, manda e-mails, telefona. Na última semana, pelo Facebook, conclamou os amigos a pichar o muro de uma instituição cultural que promove neste mês um encontro com 59 escritores na avenida Paulista (SP). "Estão todos mancomunados", reclama. "Dá tristeza escrever no Brasil." Depois de tantos protestos contra quem organiza ou patrocina, prevê: agora ninguém vai escrever uma linha sobre "Charque", o novo livro que sai pela Barcarolla. //Candidato a blockbuster Quem será o escritor-blockbuster desta Bienal carioca? Os palpites ontem elegiam os veteranos Mauricio de Sousa e Ziraldo, que lançam livros por várias editoras e também para tablets -o da imagem é de Ziraldo. //Mensagem para @autor A Amazon criou um serviço para fazer com que os leitores falem com os autores - enviando mensagens para @autor por meio do Kindle. Não há, é claro, um Philip Roth na lista dos escritores que participam da fase beta do projeto. Para especialistas da área, é mais um sinal de que há uma nova cultura do livro, em que o autor se torna mais importante que o título que escreveu. Simultâneo - A Planeta passa a publicar em e-book todo título lançado a partir de outubro. Lá fora, a depender do título e do público, o grupo às vezes publica só em formato digital, para depois, se for preciso, lançar também em papel. Na loja física - A Livraria Cultura começa a vender e-books nas lojas físicas. Como? Por meio de um cartão, que reproduz a capa do livro, com título, autor e editora, sinopse e código de barra. O link e senha vêm impressos no cupom fiscal. Infantil - "Emília" é o nome da revista on-line sobre leitura para crianças e jovens que acaba de entrar no ar. Vai ter atualização semanal e mensal. Eventos e publicações ocorrem a partir de 2012. Técnicas - Uma nova revista bimestral sobre literatura e técnicas de escrita chega chega às bancas no próximo dia 12. "Metáfora" será publicada pela editora Segmento, a mesma que publica "Língua Portuguesa", já com seis anos de existência. LEIA MAIS EM http://www.folha.com/paineldasletras Texto Anterior: Foco: 'O Menino Maluquinho' vira aplicativo interativo para iPad Próximo Texto: Crítica literatura: Obra de Fielding é testemunho do pré-moderno Índice | Comunicar Erros

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