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Em 2010, Osesp focará Mahler e terá Freire
Orquestra destaca obra de compositor austríaco; pianista interpretará Brahms
Organização confirma o francês Yan Pascal Tortelier como regente principal na temporada de 2011 e desistência de óperas
JOÃO BATISTA NATALI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado) anunciou ontem
sua programação para 2010 e a
renovação de assinaturas a partir do próximo dia 27. Ela destaca três compositores em sua
agenda: o austríaco Gustav Mahler, pelos 150 anos de seu nascimento, e ainda Robert Schumann e Frédéric Chopin, nascidos há 200 anos.
De Mahler serão feitas três
sinfonias e os "Rücker Lieder".
Schumann estará presente em
dois programas, e Chopin terá
interpretados seus dois concertos para piano e orquestra.
A Fundação Osesp informou
ontem que Yan Pascal Tortelier
permanecerá como regente
principal na temporada de
2011, prolongando por um ano
o mandato-tampão iniciado em
janeiro último, com a demissão
de John Neschling.
A temporada de 2010 será a
primeira em que a direção artística -que inclui a escolha de
repertório e solistas- é assumida pelos dois consultores estrangeiros contratados. São
eles o americano Henry Fogel,
ex-presidente da Sinfônica de
Chicago, e o britânico Timothy
Walker, diretor-executivo da
Filarmônica de Londres.
Walker disse à Folha que um
dos planos em execução será o
de permitir que a Osesp seja
conhecida por um maior número de importantes maestros
estrangeiros, que a regerão em
20 programas do ano que vem,
além dos nove sob a responsabilidade de Tortelier.
É assim que se revezarão no
pódio o americano Marin Alsop, da Sinfônica de Baltimore,
o israelense Pinchas Zukerman, o dinamarquês Thomas
Dausgaard, da Orquestra de
Câmara Sueca, e os estonianos
Kristjan Järvi e Arvo Volmer.
Contrariamente à era Neschling, a Osesp não fará neste
ano nenhuma ópera. "Elas exigem um esforço de duas semanas de ensaio e significam altos
gastos e a diminuição no número de concertos de música
sinfônica", disse Walker.
O público dificilmente notará diferenças fundamentais
com relação a 2009, programado pelo diretor artístico anterior. Deverão se apresentar nove solistas ao piano -entre
eles, Nelson Freire, com o
"Concerto nº 2", de Brahms.
As apresentações estarão
mais caras. Os melhores lugares, no balcão mezanino, e para
uma série de nove concertos,
custarão R$ 1.026,00, em lugar
de R$ 742 este ano. As assinaturas mais baratas, nos camarotes superiores, passam de R$
221 para 312.
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