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VANESSA VÊ TV
VANESSA BARBARA vanessa.barbara@uol.com.br
O que aprendi com Bob Esponja
NO PRÓXIMO dia 10/10/10, domingo, às 10h10, uma horda de bailarinos, coreógrafos e patinadores estará no parque das Bicicletas, em
Moema, para homenagear o super-herói Ben 10.
O evento do Cartoon Network
marcará a estreia da terceira temporada do desenho -em que um garoto ganha um relógio de pulso que
se funde ao seu DNA e permite que
ele se transforme em 10 mil espécies diferentes de alienígenas.
Sem nada deverem aos clássicos,
os desenhos infantis da nova safra nos trazem inúmeras lições.
O mais popular deles, "Bob Esponja Calça Quadrada" (Globo e
Nickelodeon), já passou da sétima
temporada e alcançou 7,7 milhões de espectadores num só episódio.
O morador mais famoso da Fenda do Biquíni, amigo de Lula Molusco e residente num abacaxi de dois
quartos, ensina que não se deve tomar sundae de amendoim com cebola para não ficar com bafo.
Entre outras coisas.
Num viés mais educativo, a TV
Cultura também faz sua contribuição para o público que ainda mastiga a própria mão: um dos programas mais premiados é "O Mundo
Redondo de Olie", sobre um robô-criança amarelo e roliço. Outros são
"Cocoricó", "Doug", "Zoboomafoo"
(um lêmure falante), "Shaun, o Carneiro" (animação muda) e "Pingu" (falada em "pinguinês").
Porém, os maiores sucessos na
faixa pré-penico são os musicais
"Hi-5" e "Backyardigans", veiculados pelo Discovery Kids, que ensinam cores, números e a fisiologia
dos "ominhocos".
Há desenhos infantis para todos
os gostos: alguns, como "Clifford",
um gigante cão vermelho, ensinam
as crianças a serem amigas e responsáveis, mas nada dispõem sobre caninos mutantes de cor rubra.
Outros, como "A Vaca e o Frango", ensinam a andar de bunda no
chão e comprar avós adicionais no mercado de parentes usados.
"Pocoyo" foi concebido para fins
puramente pedagógicos, enquanto
"Animaniacs", nem tanto. (Wakko
Warner costuma promover um finíssimo recital de música clássica nas
axilas.) Se "Peixonauta" é ecologicamente correto, o velho "Tom e
Jerry" preconiza a vingança e o hipertabagismo.
Enfim, alguma coisa sempre dá pra aprender com os desenhos.
Nem que seja a obedecer sem reservas à coreografia de um dinossauro
púrpura de dois metros de altura que tem culotes e dança.
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