Livro do filósofo traz reflexões sobre Sócrates, o amor e a arte da retórica

Volume composto por "Apologia de Sócrates", "Fedro" e "O Banquete" será lançado domingo que vem, dia 10/10

DE SÃO PAULO

Domingo que vem, 10/10, a Coleção Folha Livros que Mudaram o Mundo chega à Grécia Antiga.
O volume 5 traz três textos de Platão: "Apologia de Sócrates", "Fedro" (ambos com tradução de Edson Bini) e "O Banquete" (tradução de Albertino Pinheiro).
Em todos eles, o filósofo Platão (428/427 a.C 348/347 a.C) expõe as ideias de seu mestre e mentor Sócrates (469 a.C.-399 a.C.).
Para alguns autores, inclusive, só se pode falar em Sócrates como um personagem de Platão, já que ele mesmo nada deixou escrito.
"Apologia de Sócrates" é um monólogo no qual o pensador se defende das acusações de corromper a juventude e não crer nos deuses.
"Desconheço como vós, homens de Atenas, fostes afetados por meus acusadores", são as palavras que Platão põe na boca de Sócrates.
"Quanto a mim, por pouco não perdi a noção da minha própria identidade tal a persuasão com que discursaram. E, no entanto, dificilmente haja uma palavra de verdade no que disseram."
Também conhecido como "Simpósio", "O Banquete" é um diálogo com sete participantes, incluindo Sócrates, o general Alcibíades (450 a.C.-404 a.C.) e o dramaturgo Aristófanes (447 a.C.-385 a.C.), que se põem a discutir a natureza do amor.
Terminada a refeição que dá nome ao texto, cada um dos convivas se reveza em um elogio a Eros, o deus do amor. Alcibíades chega depois, louvando o supremo amante da beleza: Sócrates.
"É sempre assim. Onde quer que esteja Sócrates, só para ele há lugar junto dos belos jovens", afirma o militar. "Vede agora mesmo com que finura descobre ele pretexto plausível para persuadir a Agaton de se lhe reclinar ao lado."
A temática erótica reaparece em "Fedro" (ou "Do Belo"), diálogo que fecha o volume. A discussão sobre o amor serve aí como metáfora para se falar da arte da retórica e sua aplicação.


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