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Serviços de distribuição de filmes pela internet crescem no Brasil
Aparelho da Telefônica permite comprar conteúdo digital da Saraiva diretamente pela TV
Ainda neste ano, longas e séries da livraria vão ser vendidos e alugados em transmissão como a do YouTube, diz presidente
GUSTAVO VILLAS BOAS
DE SÃO PAULO
Com a locadora americana
Netflix como exemplo, três
empresas brasileiras avançaram recentemente no mercado de distribuição digital de
filmes e séries.
Querem vender pequenos
volumes, às vezes de nicho,
para muitos clientes.
A Telefônica lançou uma
caixa chamada On Video. Entre outras funções, ela permite alugar e comprar filmes na
loja virtual da Saraiva pela
TV, usando cartão de crédito
e controle remoto.
O aparelho, que custa R$
19,90 mensais, pode ser usado em qualquer rede, diz Benedito Fayan, diretor de inovação da Telefônica. "Também é possível assistir ao
conteúdo do Terra TV [grátis]
e vamos expandir os parceiros de conteúdo on-line."
"A Netflix virou de ponta-cabeça o negócio de locação
nos EUA. Estamos investindo
em um modelo para o Brasil", diz Marcilio Pousada,
presidente da Saraiva.
Desde maio de 2009, a empresa já vende e aluga conteúdo audiovisual pela web.
"Em outubro, vamos lançar, com um grande fabricante, a loja virtual diretamente
na televisão. E, até o final do
ano, teremos o serviço também via "streaming" [transmissão sem arquivamento]".
Hoje, para comprar ou alugar filmes via web na Saraiva
-o acervo é de mais de 3.000
títulos-, é preciso baixar um
programa ou usar o On Video. "Temos certeza de que,
no futuro, grande parte do
nosso negócio será digital."
A locadora NetMovies
também aposta nessa expansão. Lançou, em setembro,
um serviço de locação via internet com cerca de 2.000 filmes disponíveis via "streaming", por R$ 9,99 ao mês.
"Já tivemos acesso de todos os Estados. A comodidade de clicar e assistir a um filme legalmente, como no
YouTube, tem impacto até na
pirataria," diz Daniel Topel,
CEO da NetMovies.
"Filmes mais comerciais
são mais procurados, mas
obras de cineastas como Godard e Truffaut se destacam.
Não é fácil encontrá-los em
pequenas locadoras ou na internet", completa.
JOSÉ SIMÃO
O colunista é publicado no caderno Eleições 2010
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