São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2010

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Serviços de distribuição de filmes pela internet crescem no Brasil

Aparelho da Telefônica permite comprar conteúdo digital da Saraiva diretamente pela TV

Ainda neste ano, longas e séries da livraria vão ser vendidos e alugados em transmissão como a do YouTube, diz presidente

GUSTAVO VILLAS BOAS
DE SÃO PAULO

Com a locadora americana Netflix como exemplo, três empresas brasileiras avançaram recentemente no mercado de distribuição digital de filmes e séries.
Querem vender pequenos volumes, às vezes de nicho, para muitos clientes.
A Telefônica lançou uma caixa chamada On Video. Entre outras funções, ela permite alugar e comprar filmes na loja virtual da Saraiva pela TV, usando cartão de crédito e controle remoto.
O aparelho, que custa R$ 19,90 mensais, pode ser usado em qualquer rede, diz Benedito Fayan, diretor de inovação da Telefônica. "Também é possível assistir ao conteúdo do Terra TV [grátis] e vamos expandir os parceiros de conteúdo on-line."
"A Netflix virou de ponta-cabeça o negócio de locação nos EUA. Estamos investindo em um modelo para o Brasil", diz Marcilio Pousada, presidente da Saraiva.
Desde maio de 2009, a empresa já vende e aluga conteúdo audiovisual pela web.
"Em outubro, vamos lançar, com um grande fabricante, a loja virtual diretamente na televisão. E, até o final do ano, teremos o serviço também via "streaming" [transmissão sem arquivamento]".
Hoje, para comprar ou alugar filmes via web na Saraiva -o acervo é de mais de 3.000 títulos-, é preciso baixar um programa ou usar o On Video. "Temos certeza de que, no futuro, grande parte do nosso negócio será digital."
A locadora NetMovies também aposta nessa expansão. Lançou, em setembro, um serviço de locação via internet com cerca de 2.000 filmes disponíveis via "streaming", por R$ 9,99 ao mês.
"Já tivemos acesso de todos os Estados. A comodidade de clicar e assistir a um filme legalmente, como no YouTube, tem impacto até na pirataria," diz Daniel Topel, CEO da NetMovies.
"Filmes mais comerciais são mais procurados, mas obras de cineastas como Godard e Truffaut se destacam. Não é fácil encontrá-los em pequenas locadoras ou na internet", completa.

JOSÉ SIMÃO
O colunista é publicado no caderno Eleições 2010


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