CRÍTICO DA FOLHA

Uma das saídas para comer sem gastar muito em São Paulo está na cozinha chinesa. Os restaurantes desta especialidade costumam ser simples, sem luxos, e, com isso, a conta não excede o razoável. Nem todos são bons, e muitos angariaram a fama de não cuidar da higiene. Mas há várias opções de qualidade e preços razoáveis, como acontece com o Hi Pin Shan.
Trata-se de uma casa com discreta decoração típica, aparência familiar e asseada. Convidativa. E ainda tocada pelo casal de fundadores, os chineses Kung Fan Yu, 44, e Kelly Wong, 41. Kung, responsável pela cozinha, aprendeu a cozinhar com seu pai já em São Paulo -ele era chef de cozinha do restaurante Gengis Khan. O Hi Pin Shan nasceu em 1984, bem menor do que é hoje -ocupava apenas uma casinha (agora se estendeu para o imóvel ao lado) e não tinha a atual filial na Pompéia.
A cozinha não tem grandes novidades, mas é cuidadosa. Tem pratos tradicionais de Pequim e Xangai, a maioria deles bem conhecidos do público paulistano. Os pratos são à la carte e servidos em porções alentadas. Os mais caros custam R$ 48 (os mais baratos, R$ 17,50), e todos dão para duas pessoas, ainda mais se acompanhados de arroz e precedidos de um bolinho ou rolinho como entrada. Alguns exemplos: camarão com ervilha-torta, broto de bambu e champignon; lombo de porco com molho picante de misso, repolho, bambu, champignon, cebolinha e tofu seco; pato ao molho de soja. No almoço de terça a sexta há o prato executivo (entre R$ 12,50 a R$ 24,50): rolinho primavera seguido de frango xadrez, carne com brócolis, macarrão chop suey, camarão com arroz ao curry, entre outros.