DA REDAÇÃO

O ano de 2003 foi feliz para a produção cinematográfica brasileira, tanto em termos quantitativos (vide as expressivas bilheterias de "Carandiru", "Deus É Brasileiro", "Lisbela e o Prisioneiro" e outros) quanto qualitativos (vale lembrar os elogiados "O Homem que Copiava", "Ônibus 174" e "Separações").
O espectador que quiser ver (ou rever) alguns dos principais títulos da produção nacional lançados comercialmente em São Paulo entre novembro de 2002 e outubro deste ano pode conferir a quarta edição da "Retrospectiva do Cinema Brasileiro 2002-2003", que acontece entre hoje e 11 de dezembro no Cinesesc.
A programação é composta por 27 filmes brasileiros de estilos, linguagens, temáticas e orçamentos distintos entre si.

Diversidade
A retrospectiva é uma boa chance, por exemplo, de o espectador assistir a "Rua 6, s/nº", de João Batista de Andrade, ou a "Vida e Obra de Ramiro Miguez", de Alvarina Souza Silva, dois filmes que ficaram pouco tempo em cartaz.
Na contramão, serão apresentados "blockbusters" como "Lisbela e o Prisioneiro", de Guel Arraes, e "Carandiru", de Hector Babenco.
Segundo Juliano Tosi, coordenador de programação do Cinesesc, "a idéia é fazer um apanhado o mais amplo possível". Tosi diz que o comportamento da platéia da mostra tende a repetir o resultado das bilheterias. "Em 2002, "Cidade de Deus", foi o mais visto. Neste ano, deve ser "Carandiru". Achamos que há filmes que deviam ser vistos por mais gente; por isso, tentamos reverter a tendência, escalando-os nos melhores horários e em duas sessões."