São Paulo, sexta-feira, 03 de dezembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ERIKA PALOMINO

SPFW SE VESTE COM PROJEÇÕES NA BIENAL EM 2005

Já está definida a programação visual da próxima edição da São Paulo Fashion Week, que acontece entre 19 e 25 de janeiro, mais uma vez no prédio da Bienal, no parque Ibirapuera. Nesta temporada, o prédio de Oscar Niemeyer ganha projeto do designer gráfico carioca Muti Randolph (em SP, responsável pela cenografia do clube noturno D-Edge).
Randolph criou para o evento uma programação de projeções, que vai tomar conta de 700 m2 da fundação. Serão instalados mais de 40 projetores equipados com lentes especiais, que vão ser controlados por uma central de computadores e criarão imagens de até sete metros de altura. Referências visuais relacionadas às áreas de artes plásticas, fotografia, cinema, vídeo, história, música, arquitetura, indumentária e design vão tomar o lugar das exposições culturais, que o evento sempre trouxe -e que fizeram falta na última estação. Ao mesmo tempo, o prédio da Bienal se transforma numa grande instalação em que as 10 mil pessoas, que freqüentam a SPFW diariamente, entram como participantes.
"A idéia é reforçar a questão da identidade brasileira e trabalhá-la desta vez sob o caráter da inspiração. O que inspira o Brasil, em todas essas áreas?", diz Paulo Borges, diretor do evento.


Colaborou Sergio Amaral, free-lance para a Folha

epalomino@folhasp.com.br

NEON E GISELLE NASSER VÃO BOMBAR
Tem mais sangue novo na SP Fashion Week. Vão fazer parte desta próxima edição Giselle Nasser, Fábia Bercsek, Érica Ikezili, Samuel Cirnansk, Neon e Lourdinha Noyama. Os novos integrantes foram votados pelo comitê do evento, que inclui estilistas, editoras de moda (eu mesma faço parte) e nomes da organização da SPFW. Para entrar, cada marca deveria receber a metade do número de votos mais um.
Praticamente desconhecida em SP, ainda que tenha feito uma apresentação mandrake na edição de inverno 2004, sem os votos do comitê, Lourdinha Noyama, de Recife, recebeu seis indicações. Giselle Nasser, talento indiscutível da nova geração, foi a recordista e só não foi votada por um dos integrantes do comitê. Vieram do Hot Spot, como Giselle, Fábia Bercsek, Érica Ikezili e Samuel Cirnansk. A pequena gema Neon, de Dudu Bertholini e Rita Comparato, conquistou fashionistas brasileiros e internacionais, com seu desfile off, no auditório Augusta, que encheu os olhos com sua moda de vocação praiana, bem acabada e criativa. O moderno stylist Dudu Bertholini avisa que, mesmo fazendo parte da programação oficial, o desfile da Neon deverá acontecer fora da Bienal. "A gente quer continuar fazendo as coisas do jeito que a gente sempre fez", diz Dudu. Giselle também garante que não vai perder sua identidade. "Vou ficar mais comercial, não no sentido de estilo, mas no sentido de produção, de viabilizar a roupa", comenta. A estilista está mais preparada: acaba de inaugurar sua loja fofita, no baixo Jardins (r. Oscar Freire, 232, travessa das Estrelas Brancas, casa 4). O espaço tem paredes revistidas com estampas de beija-flor, uma das principais imagens de sua mais recente coleção neotropicalista, inspirada em Flávio Império.

PORÃO FASHION SE INTEGRA À CIDADE
A história das projeções, em termos conceituais, é de fato uma proposta nova e moderna, que deverá conferir à Bienal e ao evento approach mais vanguardista, fazendo com que a SPFW se destaque (ao menos em seu layout) em relação às semanas de moda do planeta.
Uma novidade que servirá para integrar mais o mundo fashion à população da cidade será o recém-inaugurado Porão das Artes, no subsolo da Bienal, que ficou fechado por mais de 49 anos. Ali serão exibidos 20 documentários brasileiros. Até o início dos desfiles, o espaço estará aberto, mediante compra de ingresso. Assim, mais gente poderá ter contato com o almejado universo da moda.

VIU? LEVEL FECHA AS PORTAS DE VEZ
E a Level, hein? Depois de três anos bombando como principal e maior noite gay dos sábados, o megaclube, do empresário da noite Sergio Kalil, fechou. Bem que a gente falou. A gigantesca The Week derrubou o reinado da casa da Barra Funda. O motivo alegado para o fechamento foi a mudança de público e de vibe nos últimos tempos (verdade). Noite é assim mesmo. Agora, Sergio Kalil quer abrir novo clube no ano que vem. Neste sábado, staff e freqüentadores clássicos se reúnem na festa Level Celebration, no sempre amigo Ultralounge. Bye, bye, Level.

VIU? LEVEL FECHA AS PORTAS DE VEZ
E a Level, hein? Depois de três anos bombando como principal e maior noite gay dos sábados, o megaclube, do empresário da noite Sergio Kalil, fechou em SP. Bem que gente falou. A gigantesca The Week derrubou o reinado do clube da Barra Funda. A última noite foi mesmo a do último sábado (27.11). O motivo alegado para o fechamento foi uma certa mudança de público e de vibe nos últimos tempos (verdade). Noite é assim mesmo, né? Agora, o empresário Sergio Kalil quer abrir um novo clube no ano que vem. Nests Sábado,staff e frequentadores clássicos se reunem na festa Level Celebration, que acontece noclube,sempre amigo, Ultralounge. Bye bye, Level.

na noite ilustrada...
O finde começa hoje com Pareto e Marcão Morcerf na Freak Chic, de house, electro-rock e disco-punk, no D-Edge; no Ampgalaxy tem a Pif Paf, dos queridos JJ Davies, Bispo e Polly, com DJs Paula e Ana Flávia na pista, e Bezzi -ícone indie-rocker de SP- no lounge. Na The Week, o clã do bar Farol da Madalena promove a festa Diva. No sabadón, a Combustível, do Lov.e, recebe o descolado DJ canadense Mateo Murphy, parceiro de Tiga em animadas produções, com seu mix de house, funk, synths e tecno. Ainda tem a festa da linha Vinil, de camisetas, no Funhouse; André Barcinski toca, e a banda The Hugh Grant's faz pocket-show. A noite de house Colors, no Exxex, convida o DJ Filipe Forattini, do núcleo Remédio, de BH. Quem ainda quer ouvir tecno pode se jogar na Mothership, do D-Edge, que importa o alemão Alex Bau; ou na Equipamente, no clube under Susi in Transe (av. São João, 1.956). No domingo, tem hip hop, no Lov.e; drum'n'bass, no D-Edge; e clássicos do rock na Lôca. Na On the Rocks, da segunda, Adriana Recchi, Japa Girl e Supla tocam suas favoritas. Na terça tem a estréia do projeto No Hay Banda!, que quer trazer novidades eletrônicas ao Brasil. O finlandês Luomo, da nova geração da house, e o alemão Thomas Melchior, de minimal tecno, são os convidados desta primeira edição, no D-Edge. A quarta é dia de hip hop; DJ Milk toca no novo reduto jet-setter Lotus, e Puff dá o som na clássica Heaven. Na quinta, o Amp lança a Black to the Future com o megatop Osunlade e sua incrível e sofisticada mistura de africanismos, soul e deep-house. Na sexta que vem rola a megafesta The Concept, para 3.000 pessoas, no D-Edge em si -será que cabe? Serão duas pistas -a segunda vai ser no estacionamento vizinho. O DJ Richie Hawtin é uma das atrações. Ingressos antecipados: R$ 50, no próprio clube. Arrasa


Texto Anterior: Rumo ao Oscar: Filme sobre Peter Pan ganha prêmio nos EUA
Próximo Texto: "Jornada da Alma": Filme revela o amor de paciente por Jung
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.