São Paulo, segunda-feira, 03 de dezembro de 2007

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Obra é uma coletânea de histórias da atriz

DA REPORTAGEM LOCAL

Atriz formada pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, em Brasília, Michelle Bastos foi atrás do acervo da família, teve acesso a diários, fez entrevistas e costurou as histórias do livro "Dulcina de Moraes - Memórias de um Teatro Brasileiro". Bastos não fala em biografia, mas em coletânea de histórias em que alinha depoimentos e fecha com álbum de fotos raras.
Em 2000, saiu a biografia "Dulcina e o Teatro de seu Tempo", escrita pelo ator Sérgio Viotti. Ele é fonte recorrente da autora que, aos dez anos, viu Dulcina no Teatro Nacional de Brasília e nunca mais esqueceu a imagem da "mulher que parecia forte, toda de preto, perfumadíssima, com óculos escuros enormes, sorridente, de gestos desenhados e uma maneira de cortar o vento que eu só fui entender décadas depois".
Natural de Valência (RJ), Dulcina dizia-se nascida no teatro. Seus pais eram artistas. Com cerca de um mês, ela já era colocada em cena pela mãe. A carreira começou de fato no Rio, em 1925, aos 17, como protagonista de "Lua Cheia".
Na década de 30, ela desfez o noivado com o músico Álvaro Padrenosso e casou-se com o ator e empresário Odilon Azevedo. Entre os marcos da cia. Dulcina-Odilon, parceria de mais de 30 anos, estão a remoção da figura do "ponto" (sujeito que, de um buraco na boca de cena, soprava o texto), obrigando os atores a decorar as falas. Dulcina criou a Fundação Brasileira de Teatro em 55, no Rio, transferida para Brasília em 71 para consolidar a escola de formação em artes cênicas.


DULCINA DE MORAES - MEMÓRIAS DE UM TEATRO BRASILEIRO
Autora :
Michelle Bastos
Editoras : LGE (304 págs.)
Quanto : R$ 40
Lançamento : hoje, às 19h, na Livraria da Vila (r. Dr. Mário Ferraz, 414, Itaim Bibi, tel. 3073-0513)


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