São Paulo, sexta-feira, 04 de janeiro de 2008

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Última Moda

ALCINO LEITE NETO - ultima.moda@folha.com.br

Fashion Rio tecnoartesanal

Evento carioca, que começa na próxima segunda, aposta na confluência do "high tech" com o trabalho manual

Reunir a tecnologia com o artesanal e discutir o consumo responsável são os objetivos da edição outono-inverno 2008 do Fashion Rio -que começa na próxima segunda, dia 7, e vai até o sábado, dia 12.
Duas entidades sociais apresentarão suas coleções, junto com as 31 principais marcas que participam do evento: Apoena, da ONG Instituto Proeza (de Brasília), e a AcomB, da ONG carioca Ação Comunitária. "O consumo com responsabilidade social vai ser cada vez mais importante, e não apenas na moda", diz a diretora do evento, Eloysa Simão. Leia, a seguir, a sua entrevista.

 

FOLHA - Por que discutir a junção do artesanal com o tecnológico?
ELOYSA SIMÃO
- Queremos mostrar que a tecnologia não se opõe ao artesanal, mas que os dois podem formar um casamento muito bem-vindo, importante para o Brasil.

FOLHA - Como se pode distinguir uma marca "socialmente responsável" de outra, que utiliza a responsabilidade social só como marketing?
ELOYSA
- Através dos atos concretos das pessoas. Por exemplo, se uma empresa está atuando apenas com o dinheiro do imposto, da renúncia fiscal, e ainda quer lucrar como marketing, isso não é válido. Agora, se ela está investindo capital de fato no desenvolvimento de uma região, de um produto, de uma mentalidade, ela está fazendo um trabalho correto.

FOLHA - O evento de moda de alto verão que o publicitário Nizan Guanaes pretende fazer no Rio atrapalharia o Fashion Rio?
ELOYSA
- Não, porque ele não pensa em criar um evento excludente. O seu discurso é o de que o Rio tem uma imagem internacional muito forte e que o alto verão é uma plataforma importante para a cidade -como é, aliás, o verão como um todo. Acho que pode ser uma boa idéia termos dois eventos de verão. No Brasil, as pessoas têm a idéia errada de que, quando se acende uma vela, é preciso apagar a outra. Não é verdade. Se você puder ter cem velas acesas, tanto melhor.


com VIVIAN WHITEMAN


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