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Um diretor sem medo de sonhar
THALES DE MENEZES
da Reportagem Local
A principal qualidade de George
Lucas é não ter medo de sonhar. Situado em alguma posição de uma
linha imaginária ligando Walt Disney a Gene Roddenberry, Lucas
nunca "pensou pequeno". A única
diferença entre ele e outros adolescentes sonhadores é que Lucas
descobriu como transformar
idéias malucas em realizações.
Quando começou a rascunhar
aquilo que se tornaria o império de
"Guerra nas Estrelas", ainda no colégio, o autor já imaginava seus
personagens em brinquedos e jogos. Não é por acaso que os heróis
criados por Lucas foram pioneiros
em formatos como videogame,
CD-ROM e RPG. O mundo de
"Guerra nas Estrelas" se adaptou a
cada novo suporte para entretenimento que a tecnologia criou nas
últimas duas décadas.
Essa atitude reflete o cinema de
George Lucas: diversão pura. Com
a exceção de seu primeiro filme,
"THX1138", exemplo de ficção
científica chata e "cabeça", toda a
obra do cineasta buscou envolver o
espectador em aventura. Qualquer
filme seu pode ser imaginado em
livro, quadrinhos, desenho animado ou game -e a grande maioria
chegou a todos esses formatos.
"Guerra nas Estrelas" mistura
lendas de cavaleiros medievais
com Flash Gordon. A série de três
filmes com o intrépido arqueólogo
Indiana Jones, que fez a quatro
mãos com o amigo Steven Spielberg, reúne a inocência dos seriados dos anos 40 com a edição rápida das séries de TV dos anos 60.
Referências de um cineasta que
tem prazer em ser popular.
Integrante da primeira geração
americana de diretores saída dos
cursos universitários de cinema,
como Francis Coppola e Peter Bogdanovich, Lucas aprendeu cedo a
fazer filmes para serem vistos com
um balde de pipocas no colo.
Lucas gasta (e ganha) toneladas
de dinheiro com suas fantasias. O
público das matinês agradece.
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