São Paulo, segunda-feira, 04 de fevereiro de 2002

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BARBARA GANCIA

Ei, Al Capone, vê se te orienta!

Em seu primeiro depoimento diante das câmeras, o empresário Michel Tuma Ness, eleito o novo presidente da Transbrasil, alegou ser tão intocável quanto Eliot Ness, "o agente policial de Nova York ou Washington".
Vem cá: mas Eliot Ness não é o conhecido agente da lei que lutou contra a máfia, na Chicago dos anos 30?
Sei não, mas um presidente de companhia aérea que confunde Chicago com Nova York e Washington só pode estar relacionado a outro tipo de Ness, mais precisamente ao monstro do lago Ness.
E, só para cutucar a onça com vara curta, logo após o telejornal que mostrou o depoimento do novo presidente da Transbrasil, acredite se quiser, a Globo exibiu o filme "Os Intocáveis", com Kevin Costner e Sean Connery.

Já está dando o que falar em tudo o que é site gay o casal da nova novela das sete, "Desejos de Mulher", composto pelos chiques Ariel (José Wilker) e Tadeu (Otavio Muller). Ano passado, nos salões ilustres da cidade, descobri que Zé Wilker vem a ser um dos sujeitos mais humorados e elegantes do planeta. Quanto ao Otavio, meu chapinha de vários anos, gostaria de compartilhar com o leitor de uma passagem que poucos conhecem.
Bem antes de fazer o Sardinha de "Vale Tudo", Otavio já era um ator dedicado. Sua paixão pelas artes cênicas sempre foi tamanha que, aos 16 anos, ele tomou um ônibus e cruzou o Rio para ir ao velório de Glauber Rocha, no parque Lage. Sacar o Glauber aos 16 não é para qualquer um, não.

Alô, Boninho, diretor do "Big Brother Brasil"! Lembra-se de mim? Pois é, sou aquela colunista que cobriu, nos idos de 1984, seu casamento com a Narcisa Tamborindeguy, na extinta disco Radar Tantã. E, sim, fui eu mesma que disse que casamento que começava com a noiva calçando tênis All Star vermelho não podia dar boa coisa. Mas deixemos de lado as reminiscências e vamos ao que interessa: sabia, Boninho, que a mente vazia é a oficina do demônio? O que quero dizer é que você errou a mão ao transformar o "BBB" em um "No Limite" entre quatro paredes. O que a gente quer é ver intriga e bole-bole, Boninho. E isso vai levar mais tempo para acontecer, se os participantes ficarem se ocupando com brincadeiras de quermesse.
Outra pisada na bola foi investir pesado na promoção do programa agora no início, quando o circo ainda não pegou fogo. A cada vez que o "BBB" é enxertado na marra na programação, a gente torce para ver aquele comercial com a turma da "Casa dos Artistas". Só para matar a saudade.

E-mail: barbara@uol.com.br
Internet: www.uol.com.br/barbaragancia


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