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André Lima faz retrô "fake"
JACKSON ARAUJO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Ao som de "Viajante", de Ney
Matogrosso, e um megamix de
hits de dor-de-cotovelo, André Lima põe na passarela mulheres
apaixonadas, com lágrimas no
rosto. O clima de que o estilista
gosta é dramático e "fake": uma
silhueta parodia Dior; outro é falso Saint Laurent; há falsas pérolas
e até uma t-shirt com a imagem
da estilista Coco Chanel.
A mistura é autoral e assumidamente retrô, mas André Lima
precisa libertar sua mulher dessa
nostalgia, exercitar-se em novas
formas, trazer novo perfume, sem
o cheiro de coisa guardada. Quando trabalha todo esse universo
passadista de um jeito mais fresco
e leve, marca pontos e consegue
lindos momentos na passarela.
Um bom exemplo são os looks
com xales de lã; o macacão de tricô em Isabelli Fontana; a saia-cigana; o shortinho de renda dourada; os terninhos de cintura vitoriana. Marrom, rosa, pele e dourado são as boas cores do inverno
de Lima, que já vem conseguindo
bons resultados de venda e começa a formar uma clientela.
Carlota Joaquina, a segunda
marca da G, fez o último desfile do
evento em espírito jovem. A imagem folk mistura caçadoras e apaches com espírito de rua.
O moletom ganha bons desdobramentos na bermuda e na calça-minhocão. A inspiração nos
móbiles de Calder aparece no divertido styling da coleção, em
broches e pingentes de arame em
forma de borboleta, o desenho
que também vem no bordado do
delicioso poncho folk.
A cartela de cores pastel é simpática, com cinza, rosa, baunilha e
bege, e a estilista Carla Fincato
acerta nas proporções e sobreposições, além do ótimo animal
print em onça.
Avaliação:
André Lima
Carlota Joaquina
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