São Paulo, domingo, 04 de fevereiro de 2007

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Nas lojas

Comédia
Boêmio Encantador     
GEORGE CUKOR
Distribuidora:
Columbia; Quanto: R$ 33,90
Cary Grant e Katharine Hepburn na tela, George Cukor na direção: eis o supra-sumo da comédia romântica clássica americana. Grant é o talento das finanças que fica noivo de uma moça (Doris Nolan), sem saber que ela é herdeira de um miliardário. Mas o rapaz descobre que tem mais a ver é com a irmã da noiva (Hepburn, claro). O que se coloca em xeque é a ética capitalista do acúmulo de riquezas a todo custo. O rebu armado na festa de anúncio do noivado faz lembrar a anarquia dos irmãos Marx. (JOSÉ GERALDO COUTO)

Drama
Sob o Efeito da Água    
ROMAN WOODS
Distribuidora:
Imagem; Quanto: só para locação
Histórias paralelas que não parecem convergir para bom lugar ocorrem em Sydney. O início se concentra em Tracy (Cate Blanchett), que quer se tornar sócia em uma lan house. Mas os bancos lhe negam crédito em razão de escorregões do passado, que se mantêm presentes na figura do irmão (Martin Henderson) e de ex-namorados (Dustin Nguyen e Hugo Weaving), todos envolvidos com drogas, num circuito que leva até um traficante (Sam Neill). Tracy traduz a dor de querer ir em frente, mas não conseguir. (SÉRGIO RIZZO)

Drama
Bugsy   
BARRY LEVINSON
Distribuidora:
Sony; Quanto: R$ 35, em média
Favorito para o Oscar de 1992, com o maior número de indicações (11), "Bugsy" levou só dois. Nas categorias principais, perdeu para "O Silêncio dos Inocentes". Apesar de ser a figura ideal para interpretar Ben Siegel, gângster que construiu um hotel-cassino no deserto (a pedra fundamental de Las Vegas), Beatty confiou seu projeto ao medíocre Barry Levinson. Nesse DVD duplo, interessante é o documentário que traz divertida conversa entre Beatty, Levinson e o roteirista James Toback. (PEDRO BUTCHER)

Documentário
Razões para a Guerra
     
EUGENE JARECKI
Distribuidora:
Sony; Quanto: R$ 34,90
A partir de um discurso do ex-presidente Dwight Eisenhower em que ele alerta para o risco de a política de Defesa americana ser engolida pela indústria bélica, Jarecki costura um panorama abrangente e nada ingênuo da vocação militarista dos EUA desde a Segunda Guerra. Para tanto, serve-se dos depoimentos de políticos e analistas de todo o espectro ideológico de um país que, recém-despertado do estupor do 11 de Setembro, começa a se questionar. A escolha de personagens é genial: atente para os pilotos que lançaram as primeiras bombas no Iraque, em 2003. Obrigatório. (LUCIANA COELHO)


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