São Paulo, domingo, 04 de fevereiro de 2007 |
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BIA ABRAMO De estrelas, misses e professoras
QUAL É mesmo a diferença entre, digamos, Leão Lobo com
seu "De Olho nas Estrelas" e
o pessoal do "Pânico na TV"? A cruzada pela santificação do merchandising empreendida por certos assim chamados jornalistas ganhou uma aliada de peso e medidas: a nova assistente de Milton Neves fez um trabalho de conclusão de curso no qual defende a prática. Não se sabe se a moça ganhou a vaga porque afina com as convicções mais profundas do mestre, mas o fato é que a coincidência é grande -e preocupante. Singela, a ex-Miss Brasil afirmou à Folha, à guisa de argumentação: "Quem sustenta a mídia é o anunciante". Para além da obviedade, a confusão entre interesses privados e públicos é notável. Tem no YouTube um trecho do pito da professora no bispo da Universal. Vale a pena ouvir o tom de voz do bispo Clodomir quando ela menciona o fato de a emissora ser uma concessão pública e, portanto, ter algum tipo de obrigação... pública (e não de audiência). O bispo retruca: "Não tem ninguém que possa tomar nossa concessão, uma vez que o programa que fazemos está de acordo com a Constituição. Só quem não pensa e que quer nos perseguir pode achar o que a senhora acha". Fina, a professora não aceitou a provocação.
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