São Paulo, sábado, 04 de março de 2000


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FILMES - INÁCIO ARAUJO

A INCRÍVEL JORNADA
Globo, 14h15.    (The Incredible Journey). EUA, 1963, 80 min. Direção: Fletcher Markle. Com Emile Genest, John Drainie. Um cão labrador, um bull terrier e um gato siamês viajam 400 km pelo Canadá atrás de seus donos. Disney puro.

QUEBRANDO AS REGRAS
CNT/Gazeta, 14h45.   (Breaking the Rules). EUA, 1991, 99 min. Direção: Neal Israel. Com Jason Bateman. Antes de morrer, jovem com câncer viaja até a Califórnia, a fim de participar de programa de TV. Junto leva dois amigos seus (e ex-amigos entre si). Seu objetivo, ao longo do drama, e antes de morrer, é fazer os dois rivais reatarem a amizade.

A GUERRA DOS MUNDOS
Rede TV!, 15h30.    (The War of the Worlds). EUA, 1953, 85 min. Direção: Byron Haskin. Com Gene Barry, Ann Robinson. Ficção científica clássica sobre uma invasão de marcianos no planeta Terra. Adaptação da obra de H.G. Wells, o filme serviu de base para "Independence Day".

ROBIN HOOD, O PRÍNCIPE DOS LADRÕES
Globo, 15h45.    (Robin Hood: Prince of Thieves). EUA, 1991, 144 min. Direção: Kevin Reynolds. Com Kevin Costner, Morgan Freeman, Mary Elizabeth Mastrantonio. Em relação à versão dos anos 30, aqui a lenda de Robin Hood perde em encanto, sem por isso fixar uma imagem realista do herói. Apenas a introdução (Robin volta das Cruzadas e descobre que o pai foi assassinado) tem algo a acrescentar. E há efeitos desnecessários.

QUEM ROUBOU MEU SAMBA?
Cultura, 22h.     Brasil, 1959, 82 min. Direção: José Carlos Burle. Com Ankito, Maria Vidal, Chuvisco, Nancy Vanderley, Humberto Catalano. O argumento escrito por Silveira Sampaio aborda as ambíguas relações entre gravadoras e compositores. No caso, Maria Vidal é a dona de gravadora, às voltas com Ankito -misto de contrabandista, músico e detetive- e Chuvisco, um compositor que vende a mesma música para várias gravadoras.

FOGO CONTRA FOGO
Record, 23h.     (Heat). EUA, 1995, 171 min. Direção: Michael Mann. Com Robert De Niro, Al Pacino, Val Kilmer, Jon Voight. Pacino faz o tira obsessivo que combate sem trégua De Niro, ladrão que sabe usar a tecnologia como poucos, além de contar com uma gangue sólida. Um típico filme de estrelas, que se pode resumir como Pacino x De Niro. Um encontro que anima e que ganha mais importância agora que Mann está por cima, com seu "O Informante".

O ESCARLATE E O NEGRO
CNT/Gazeta, 0h30.    (The Scarlet and the Black). EUA, 1983, 119 min. Direção: Jerry London. Com Gregory Peck, Christopher Plummer. Com a Itália ocupada pelos alemães, no final da Segunda Guerra, um monsenhor ajuda prisioneiros aliados a fugir. A Gestapo não deixa barato. Minissérie com, originalmente, 155 minutos de duração, aqui em versão abreviada.

CARNOSSAURO 2
SBT, 1h.    (Carnosaur). EUA, 1993, 83 min. Direção: Louis Morneau. Com John Savage, Cliff De Young. Sequência do primeiro "Carnossauro" (1993), criatura lançada no mercado por Roger Corman para aproveitar a onda em torno do "Parque dos Dinossauros", de Spielberg. Só que este é uma superprodução e o "Carnossauro", à moda de Corman, não.

INSTINTO ANIMAL 3
Bandeirantes, 2h.   (Animal Instincts 3 - The Seductress). EUA, 1995, 95 min. Direção: Gregory Hippolyte. Com James Matthew, John Bades. Escritora de livros eróticos autobiográficos adora ser olhada quando transa. Tem o marido perfeito: voyeur. Muito animal e pouco instinto.

RETRATO DE UM ASSASSINO
SBT, 2h40.      (Henry - Portrait of a Serial Killer). EUA, 1986, 83 min. Direção: John McNaughton. Com Michael Rooker, Tracy Arnold, Tom Towles. A expressão "serial killer" vulgarizou-se de uns tempos para cá. McNaughton pergunta: mas quem é o serial killer? Como vive? Como age? Como é tomado pela necessidade matar? O filme tenta responder essas questões, com uma frieza exemplar, que não se confunde com ausência de ponto de vista.

TV PAGA
Wyatt Earp, um estranho xerife

da Redação

"Wyatt Earp" (TNT, 12h40) é um filme curioso, embora não bem-sucedido. Seu personagem é o título, e isso basta para ter idéia da figura legendária que é o xerife de Tombstone.
Mas as lendas do Oeste não são próximas de nós. No fundo, o que as solidificam é "My Darling Clementine", de 1946. Mas todos sabem que Earp não era aquela flor.
Lawrence Kasdan trabalha aqui num registro complicado: nem mitifica o herói, nem o desmistifica. Passa o tempo (e que tempo: mais de três horas) como se desdenhasse o mito e temesse desmascará-lo.
O tempo escoa. E, no fim, nada acontece. Restam uma incômoda sensação de supérfluo e a de assistirmos a um empate honroso. (IA)


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