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ARTES
Acervo será todo abrigado pela Estação Pinacoteca
Morre Paulina Nemirovsky, dona de expressiva coleção modernista
LUCIANA ARAUJO
DA REDAÇÃO
Morreu na última terça-feira,
aos 81 anos, Paulina Pistrak Nemirovsky, dona de uma das mais
importantes coleções de arte brasileira do país. Psicanalista, foi
após a morte do marido, o médico e artista José Nemirovsky
(1914-1987), que Paulina assumiu
a Fundação José e Paulina Nemirovsky, que reúne cerca de 200 peças, algumas delas obras-primas
do modernismo brasileiro.
Entre os destaques de seu acervo estão "Antropofagia" (1929),
"Carnaval em Madureira" (1924)
e "Distância" (1928), de Tarsila do
Amaral, "Bordel" (1940) e "Mulheres na Janela" (1926), de Di Cavalcanti, "Madona Negra" (1935),
de Cândido Portinari, entre obras
destes artistas e de outros ícones
como Lasar Segall e Lygia Clark.
"O acervo se destaca pela excelência. Nemirovsky extraiu a nata
das obras da família", destaca Maria Alice Milliet, diretora-técnica
da fundação e curadora da mostra
"Mestres do Modernismo", em
cartaz na Estação Pinacoteca. Nela estão expostas nove obras da
coleção Nemirovsky. A décima,
"Antropofagia", retorna neste
mês. Ela está emprestada para a
Fundação Miró, em Barcelona.
"Mestres do Modernismo" consolidou o comodato, por cinco
anos renováveis, assinado entre a
Secretaria da Cultura do Estado
de São Paulo e a Fundação Nemirovsky. O documento prevê que
as obras sejam expostas em sistema de rodízio em mostras na Pinacoteca. E que, com a morte de
Paulina, tanto a sede administrativa como todo o acervo da fundação sejam abrigados no segundo
andar da Estação Pinacoteca. "É a
expressão da vontade de Paulina.
Um exemplo que deve ser seguido", acentua o diretor da Pinacoteca, Marcelo Araújo.
A data de transferência das peças para a Estação Pinacoteca ainda não está definida.
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