São Paulo, domingo, 04 de abril de 2004

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Empresário do bingo e matemático apostam em Ju

DA REPORTAGEM LOCAL

A vitória de Juliana é a aposta de dois dos maiores especialistas em jogo do país: o matemático Oswald de Souza, hoje consultor de loterias, e de Olavo Sales da Silveira, presidente da Abrabin (Associação Brasileira de Bingos).
Figurinha fácil das páginas políticas dos jornais desde o fechamento dos bingos pelo governo, Silveira diverte-se ao fazer projeções para a final de "BBB".
"Eu assisto o suficiente para entender as regras do jogo", diz.
Ele é sócio de dois bingos em São Paulo e luta pela reabertura dos estabelecimentos, fechados pelo Planalto após o escândalo Waldomiro Diniz (ex-assessor do governo flagrado ao pedir propina para empresário do jogo).
Silveira, 51, costuma visitar cassinos de Las Vegas e diz separar US$ 300 por dia para a jogatina. Se joga esse valor nas máquinas norte-americanas, quanto apostaria em Juliana? "Posso pedir ajuda aos universitários?", responde, rindo, em referência ao bordão de outro jogo televisivo, o "Show do Milhão", de Silvio Santos.
"Eu dividiria meu cacife da seguinte maneira: 60% em Juliana, 25% em Thiago e 15% em Cida."
A força de Juliana, para ele, está no fato de ela já ter vencido cinco paredões. "Ela já se mostrou equilibrada, teve um "affair", riu, chorou, discutiu e se posicionou. Já criou um vínculo com o público."
Opinião semelhante tem o matemático Oswald de Souza, 58, popular pelo quadro sobre loteria esportiva que apresentava junto à zebrinha do "Fantástico".
"No histórico do "Big Brother", outros dois vencedores se fortaleceram após seguidos paredões: Kléber Bambam ["BBB1'] e Dhomini ["BBB3']. Isso aumenta as chances de Juliana", calcula.
"Ela é como o 13 da loteria. Uns amam, outros odeiam. Mas é um número muito apostado porque é polêmico. A Juliana é assim: todos têm uma opinião sobre ela", afirma Souza, criador do método da quina da Loto, em 1980.
Mas o matemático pondera, levando em conta uma questão estatística: "100% dos vencedores nos outros três "BBBs" foram homens, o que aumenta a probabilidade para Thiago. Não podemos subestimar o eleitorado feminino", raciocina.
Essa probabilidade é confirmada mundialmente. Em 51 edições ao redor do planeta, 58,82% das vitórias foram masculinas e 41,18%, femininas, segundo a Endemol Globo (detentora dos direitos do programa no Brasil).
Nessa equação, explica o matemático, os elementos históricos mostram que não é possível dividir a probabilidade igualmente entre os três: "A chance teórica de 33,3% para cada um não existe."
Boninho, diretor do "reality", prefere não arriscar. "Só dá para responder na terça. Se um homem ganhar de novo, vou acabar achando que as mulheres só entram para enfeitar o "BBB'", brincou. Ele e os outros entrevistados fizeram suas apostas antes da definição do líder (ontem à noite), que garantiu um lugar na final.
(LAURA MATTOS)


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