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Empresário do bingo e matemático apostam em Ju
DA REPORTAGEM LOCAL
A vitória de Juliana é a aposta de
dois dos maiores especialistas em
jogo do país: o matemático Oswald de Souza, hoje consultor de
loterias, e de Olavo Sales da Silveira, presidente da Abrabin (Associação Brasileira de Bingos).
Figurinha fácil das páginas políticas dos jornais desde o fechamento dos bingos pelo governo,
Silveira diverte-se ao fazer projeções para a final de "BBB".
"Eu assisto o suficiente para entender as regras do jogo", diz.
Ele é sócio de dois bingos em
São Paulo e luta pela reabertura
dos estabelecimentos, fechados
pelo Planalto após o escândalo
Waldomiro Diniz (ex-assessor do
governo flagrado ao pedir propina para empresário do jogo).
Silveira, 51, costuma visitar cassinos de Las Vegas e diz separar
US$ 300 por dia para a jogatina. Se
joga esse valor nas máquinas norte-americanas, quanto apostaria
em Juliana? "Posso pedir ajuda
aos universitários?", responde,
rindo, em referência ao bordão de
outro jogo televisivo, o "Show do
Milhão", de Silvio Santos.
"Eu dividiria meu cacife da seguinte maneira: 60% em Juliana,
25% em Thiago e 15% em Cida."
A força de Juliana, para ele, está
no fato de ela já ter vencido cinco
paredões. "Ela já se mostrou equilibrada, teve um "affair", riu, chorou, discutiu e se posicionou. Já
criou um vínculo com o público."
Opinião semelhante tem o matemático Oswald de Souza, 58, popular pelo quadro sobre loteria
esportiva que apresentava junto à
zebrinha do "Fantástico".
"No histórico do "Big Brother",
outros dois vencedores se fortaleceram após seguidos paredões:
Kléber Bambam ["BBB1'] e Dhomini ["BBB3']. Isso aumenta as
chances de Juliana", calcula.
"Ela é como o 13 da loteria. Uns
amam, outros odeiam. Mas é um
número muito apostado porque é
polêmico. A Juliana é assim: todos
têm uma opinião sobre ela", afirma Souza, criador do método da
quina da Loto, em 1980.
Mas o matemático pondera, levando em conta uma questão estatística: "100% dos vencedores
nos outros três "BBBs" foram homens, o que aumenta a probabilidade para Thiago. Não podemos
subestimar o eleitorado feminino", raciocina.
Essa probabilidade é confirmada mundialmente. Em 51 edições
ao redor do planeta, 58,82% das
vitórias foram masculinas e
41,18%, femininas, segundo a Endemol Globo (detentora dos direitos do programa no Brasil).
Nessa equação, explica o matemático, os elementos históricos
mostram que não é possível dividir a probabilidade igualmente
entre os três: "A chance teórica de
33,3% para cada um não existe."
Boninho, diretor do "reality",
prefere não arriscar. "Só dá para
responder na terça. Se um homem ganhar de novo, vou acabar
achando que as mulheres só entram para enfeitar o "BBB'", brincou. Ele e os outros entrevistados
fizeram suas apostas antes da definição do líder (ontem à noite),
que garantiu um lugar na final.
(LAURA MATTOS)
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