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Artistas da Vila Madalena abrem ateliês ao público
Oitava edição do Arte da Vila acontece hoje e amanhã
SILAS MARTÍ
DA REPORTAGEM LOCAL
Na hora do rush, uma mulher
na estação Vila Madalena do
metrô fotografa com o celular
uma série de xilogravuras exibidas numa caixa de acrílico.
Também parou para olhar os
bordados à mostra. "Eu não sabia o que era o Estúdio 56, sempre passo em frente e hoje descobri o que fazem ali", conta
Juliana Marques, 23, que trabalha num escritório do bairro.
Hoje e amanhã, quem passar
pela Vila deve descobrir o que
se faz não só no Estúdio 56, mas
em outros 60 ateliês e estúdios
desse bairro, conhecido pela
concentração de artistas, na zona oeste de São Paulo. Na oitava
edição do Arte da Vila, ateliês
abrem as portas, das 10h às 19h,
para exibir trabalhos de seus
artistas. Muitos também realizam oficinas com os visitantes.
Além disso, uma miniexposição na estação do metrô, que fica em cartaz até o fim do mês,
tem trabalhos dos principais
artistas participantes, com pinturas, gravuras, peças de cerâmica, bordados e bonecos.
"A ideia é permitir que haja
uma interação entre o público e
o artista, o que não acontece
numa exposição", diz Valfrido
Lima, 57, organizador do evento. "Aqui o público conversa
com o artista, vê o ambiente dele, pode beber na fonte."
Partindo da estação de metrô, vans gratuitas levarão visitantes às ruas com maior concentração de ateliês. Boa parte
dos endereços fica no miolo da
Vila, nas ruas Fidalga, Mourato
Coelho, Fradique Coutinho e
Aspicuelta. Há ainda um segundo núcleo, em torno da rua Alberto Seabra, perto do Alto de
Pinheiros, com mais ateliês.
Novidade nesta edição, as casas participantes vão estender
varais nas ruas, pendurando
obras feitas lá dentro, numa espécie de vitrine ao ar livre. Alguns prometem jogos, como
permitir que o público também
faça desenhos para mostrar no
varal ou trocar obras do varal
de um ateliê pelas de outro.
Os organizadores do evento
esperam um público de 10 mil
para esta edição e comparam o
Arte da Vila a projetos similares em Santa Teresa, no Rio, e
Montmartre, em Paris, tradicionais redutos artísticos.
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