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SP abre mostra com obra de Pape
JULIANA MONACHESI
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Uma das instalações de Lygia
Pape, "Tteia nš 7" integra a coletiva "Pinturas Reencarnadas", que
abriu ontem no Paço das Artes.
A notícia da morte de Pape ainda não tinha se espalhado entre os
visitantes do vernissage. O clima
era o normal de uma abertura de
exposição. A maior parte das pessoas tomou conhecimento da
morte de Pape pela reportagem
da Folha. As reações eram de choque e comoção.
"Lygia Pape tem uma importância histórica. É emblemático
que o dia da morte dela coincida
com a abertura de um exposição
que mostra justamente a contemporaneidade do trabalho dela",
disse a professora da PUC-SP Giselle Beiguelman.
O incentivo a novos artistas foi
uma das características de Pape
mais lembradas no vernissage.
"Lygia Pape era uma pessoa totalmente aberta para a vida. A questão experimental do trabalho dela
e a aventura que foi a sua vida
transpareciam na forma de ela falar e de incentivar os jovens artistas", afirmou o artista plástico
Paulo Climachauska.
Já o também artista Alex Flemming lembrou que Pape foi a ponte entre diferentes gerações de artistas. "A Lygia foi uma pessoa
muito importante tanto pela qualidade de seu trabalho quanto pelo diálogo da obra dela com as diferentes gerações. Foi ela quem
fez o elo entre Lygia Clark e Hélio
Oiticica e artistas da minha geração", disse. Para o colecionador
Miguel Chaia, "caiu o último pilar
clássico da contemporaneidade."
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