São Paulo, terça-feira, 04 de maio de 2004

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SP abre mostra com obra de Pape

JULIANA MONACHESI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Uma das instalações de Lygia Pape, "Tteia nš 7" integra a coletiva "Pinturas Reencarnadas", que abriu ontem no Paço das Artes.
A notícia da morte de Pape ainda não tinha se espalhado entre os visitantes do vernissage. O clima era o normal de uma abertura de exposição. A maior parte das pessoas tomou conhecimento da morte de Pape pela reportagem da Folha. As reações eram de choque e comoção.
"Lygia Pape tem uma importância histórica. É emblemático que o dia da morte dela coincida com a abertura de um exposição que mostra justamente a contemporaneidade do trabalho dela", disse a professora da PUC-SP Giselle Beiguelman.
O incentivo a novos artistas foi uma das características de Pape mais lembradas no vernissage. "Lygia Pape era uma pessoa totalmente aberta para a vida. A questão experimental do trabalho dela e a aventura que foi a sua vida transpareciam na forma de ela falar e de incentivar os jovens artistas", afirmou o artista plástico Paulo Climachauska.
Já o também artista Alex Flemming lembrou que Pape foi a ponte entre diferentes gerações de artistas. "A Lygia foi uma pessoa muito importante tanto pela qualidade de seu trabalho quanto pelo diálogo da obra dela com as diferentes gerações. Foi ela quem fez o elo entre Lygia Clark e Hélio Oiticica e artistas da minha geração", disse. Para o colecionador Miguel Chaia, "caiu o último pilar clássico da contemporaneidade."


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