São Paulo, quinta-feira, 04 de maio de 2006

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Galeria de SP exibe cem telas da valorizada obra de Milton Dacosta


"Construção sobre Fundo Negro" (1958), de Milton Dacosta


MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Um claro enigma. O poético paradoxo utilizado por Carlos Drummond de Andrade é citado, desta vez pelo crítico de arte Ronaldo Brito, a respeito da obra de Milton Dacosta, que ganha exposição em São Paulo com cerca de cem trabalhos.
Pintor carioca, Dacosta (1915-1988) tem sido revalorizado como um dos grandes nomes das artes nacionais, principalmente em sua fase geométrica.
O mercado, ao mesmo tempo, também tem apreço por Dacosta: as telas expostas na galeria Bergamin têm valores que oscilam de R$ 20 mil a R$ 500 mil, segundo o marchand Jones Bergamin, organizador da mostra. Nenhuma das obras, pertencentes a algumas das principais coleções particulares no Brasil, está à venda.
"Dacosta leva a abstração geométrica ao limite, unindo a economia de formas, racional e clara, a um clima metafísico muito próprio, misterioso. Por isso, me veio o título de Drummond", explica o crítico de arte.
Embora telas como "Construção sobre Fundo Negro" (1958) sejam mais conhecidas, não faltam surpresas na mostra. Há pinturas da fase de Dacosta no Núcleo Bernardelli, no Rio dos anos 30, figurativas, mas que já antecipam sua preocupação construtiva. "Àquela altura a geometria já o chamava", avalia Brito.

Milton Dacosta
Quando: abertura hoje, às 19h (convidados); seg. a sex., das 11h às 19h; sáb., das 11h às 15h; até 2/6 Onde: galeria Bergamin (r. Rio Preto, 63, SP, 0/xx/11/3062-2333) Quanto: entrada franca



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