São Paulo, segunda-feira, 04 de maio de 2009

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VIRA, VIRA, VIROU

AGLOMERAÇÃO
Logo após a 0h, o excesso de público no entorno da pça. da República (no palco do local se apresentava o Camisa de Vênus) causou transtorno até o lgo. do Arouche. Vários ônibus formavam uma fila na rua do Arouche, pois não conseguiam passar pela multidão na pça. da República. Cerca de dez jovens subiram nos ônibus e correram pelo teto. Em minutos, um grupo de PMs fez os jovens descerem e dispersou a multidão com spray de pimenta.

PANDEMIA
A gripe suína chegou à Virada Cultural: na noite de sábado, grupos de jovens circulavam pelas ruas do centro com máscaras cirúrgicas. Alguns incrementavam o teatro com tosse e espirros.

ELETRÔNICO 1
Os palcos de eletrônica ficaram pequenos para a Virada Cultural. Os espaços montados nas ruas 15 de Novembro (house e tecno), Anchieta (em frente ao Páteo do Colégio; com DJs representando casas noturnas) e no lgo. São Francisco (trance) atraíram muito mais gente do que os locais comportavam. Foi um sufoco.

ELETRÔNICO 2
Por volta das 2h, milhares de jovens se acumulavam na estreita rua 15 de Novembro, o que levou a um empurra-empurra assustador. Várias pessoas que estavam no local passaram mal. Havia pouquíssimos policiais por ali, enquanto na paralela rua Boa Vista vários policiais militares eram vistos circulando pela área.

ELETRÔNICO 3
No lgo. São Francisco, o palco de trance foi montado em frente à Faculdade de Direito da USP. Aliás, um dos locais em que se via um maior número de PMs era na porta de um edifício do largo São Francisco. O edifício em que funciona a Secretaria de Segurança Pública.

HAJA PIPOCA 1
Assim como os palcos musicais, os cinemas Dom José e Cine Olido atraíram público muito superior às suas capacidades. Para assistir ao filme que passava às 4h no Dom José ("Despertar dos Mortos", de George Romero), por exemplo, havia uma fila gigantesca por volta da 1h30. A sessão esgotou-se -a sala tem capacidade para quase 4.000 pessoas.

HAJA PIPOCA 2
No mesmo Dom José, às 4h, o público formava uma fila quilométrica para ver a sessão da 6h ("Dia dos Mortos"). A poucos metros dali, no Cine Olido, a situação era semelhante. As sessões da 0h (do filme "Shortbus") em diante deixaram gente para fora da sala. Muitos aproveitaram a galeria do Olido para dormir no chão.

TEM, MAS ACABOU
Havia tanta gente nas ruas que muitas das barracas de comida tiveram seus estoques zerados. Barracas de pastel e de yakissoba no Arouche e nas imediações da pça. da República ficaram sem alimentos por volta das 4h30.

UISCÃO
No Arouche circularam vendedores com bandeja, copo, gelo, energético e garrafa de uísque Johnny Walker. O scotch com Red Bull saía por R$ 15. Uma pessoa que provou considerou o álcool "honesto, bem melhor do que a química servida por ambulantes".


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