DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto nos estandes da Art Basel prevalece a briga dos grandes, uma nova geração de artistas desponta nas seções paralelas da feira. O videoartista mineiro agora radicado na Alemanha, Marcellvs L., é uma das apostas da Luisa Strina, com obras na seção "Art Unlimited", parte da feira com curadoria, fora do leilão geral.
Outro jovem brasileiro em destaque é Thiago Rocha Pitta, artista que participa da "Art Statements", seção reservada a novas galerias e nomes em ascensão. A jovem galeria, no caso, é A Gentil Carioca, que, depois de participar de todas as feiras paralelas, faz sua estréia no evento principal.
"É o momento da coroação, de levantar um jovem artista", diz Márcio Botner, sócio da Gentil ao lado dos artistas Laura Lima e Ernesto Neto. Foi, aliás, com uma individual de Neto no "Statements" que sua atual galeria, a Fortes Vilaça, estreou na Suíça há 12 anos.
O retorno de um artista, na pele de galerista, à maior feira do mundo mostra que o Brasil chegou à segunda geração no mercado internacional, com nomes consagrados ajudando a alavancar menos conhecidos.
Alguns desses menos famosos, mas não por isso menos valorizados, estão nas feiras paralelas à Art Basel. "Eu nem tento entrar nessa feira", diz Eduardo Leme, justificando a ausência no evento principal. "Mesmo que eu vendesse tudo no meu estande, não cobriria os gastos, eu sei o tamanho do meu sapato". O sócio da Leme está na mesma cidade, só que na Volta, feira que reúne cerca de 60 galerias, entre elas a paulistana Nara Roesler.
As paralelas Volta, Scope, Liste e Bâlelatina, agora rebatizada Hot Art Fair, recebem as rebarbas do público principal.
Além da Leme e da Nara Roesler, as cariocas Laura Marsiaj e Novembro e a mineira Léo Bahia estão na Scope. A Bâlelatina tem a paulistana Marilia Razuk e a galeria mineira Celma Albuquerque. (SM)


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