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VINHO
Uva de Etna, na Sicília, rende bons tintos
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
Nascido nos Estados Unidos e criado na Itália, Marc
de Grazia é o dono de uma
importante empresa de exportação de vinhos do país
europeu: a Marc de Grazia
Selections. Seu catálogo reúne mais de 80 vinícolas, contando com nomes como Altare e Clerico, no Piemonte,
ou Calcinaie, na Toscana.
Após vender vinhos de outros fabricantes durante
mais de duas décadas, Grazia
decidiu elaborar seus próprios goles. Em 2002, comprou em Etna, na Sicília,
uma coleção de velhos vinhedos encravados nas escuras encostas do vulcão que
dá o nome à região, criando a
Tenuta delle Terre Nere.
A adega foca nos tintos
elaborados com a uva nerello
mascalese, nativa da ilha. Alguns levam o nome do vinhedo de onde vieram. São
vinhos amplos e peculiares,
reflexo talvez do solo e da cepa, como o Calderara Sottana 2006, macio, rico (folhas
secas, caramelo, fruta passa)
e persistente (90/100,
R$ 186,23), ou o Feudo di
Mezzo 2005, com boa estrutura, longo, mesclando cerejas, baunilha e toques balsâmicos (91/100, R$ 194,81).
A melhor pedida, porém, é
o rubro básico, o Etna Rosso,
que tem performance similar e custa menos da metade.
Vale conferir, por exemplo, o 2007, de perfil atraente, que une tons minerais e
de incenso com suaves frutas
vermelhas num paladar denso e redondo (89/100, R$
83,66, na Mistral, tel. 0/xx/11/3372-3400).
Bom e barato
SUGESTÃO ATÉ R$ 40
SELECT PAMPAS DEL SUR
CABERNET/MALBEC 2008
Avaliação: 82/100
Bom para: churrascos,
queijos
Preço: R$ 14,99
Onde: Pão de Açúcar, tel.
0800-773-2732
CORTE PLATINO
Este tinto da Trivento,
adega argentina da chilena
Concha y Toro, mostra bom
corpo e um bom conteúdo de
fruta, que marca um paladar
sem arestas.
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