Cia. Transe Express encena sua arte urbana de hoje a sexta no Anhangabaú

Artistas ficam suspensos a 40 m do asfalto e fazem cortejos pela região central em duas montagens em pleno horário de almoço

DA REPORTAGEM LOCAL

No chão ou nas alturas, há 25 anos a companhia francesa Transe Express explora o espaço público das cidades como cenário vivo dos espetáculos. O público de São Paulo poderá conhecê-la em duas montagens: a marcha de rua "Les Tambours" (os tambores), hoje e amanhã, e a performance de "arte celestial", com artistas suspensos a 40 m do solo, em "Mobile Homme" (móbile humano), na sexta, sempre no horário de almoço e em plena região do vale do Anhangabaú.
"Les Tambours" (1987) é um cortejo musical que procura combinar provocação e tradição nas artes cênicas. Traz as sonoridades de raiz do típico tambor francês, instrumento presente o tempo todo, e as percussões africana, mediterrânea e bretã.
Percorrerá a rua do Carmo, a praça da Sé, o viaduto do Chá e a praça Ramos de Azevedo, interagindo com o público. Em "Mobile Homme" (1992), sete músicos e uma trapezista atuam sobre a peça de escultura suspensa por fios e que oscila ao vento. Enquanto a trapezista realiza coreografias no espaço aéreo, o personagem de um soldado toca triângulo e flerta com espectadores.
Ambos os espetáculos apresentam os mesmos figurinos, o uniforme de soldadinhos de chumbo, referência lúdica. A companhia é dirigida por Brigitte Burdin e Gilles Rhode. É baseada em Crest, sudeste da França. Ao todo, a Transe Express envolve cerca 60 artistas (atores, trapezistas, bailarinos, percussionistas e cantores).
A realização é do Sesc SP e do Consulado Geral da França.

LES TAMBOURS