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Paulínia inaugura hoje teatro multiuso e festival de cinema
Iniciativas integram investimento municipal de R$ 100 mi previstos para cultura
SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a exibição do documentário "O Mistério do Samba", de
Carolina Jabor e Lula Buarque
de Hollanda, sobre a Velha
Guarda da Portela, seguida de
um show da cantora Maria Rita, a cidade de Paulínia (a 118
Km de São Paulo) inaugura hoje o seu Theatro Municipal e o I
Festival Paulínia de Cinema.
Com 1.350 lugares, o teatro
foi projetado como espaço multiuso, para abrigar apresentações de música erudita, artes
cênicas e sessões de cinema.
De acordo com a secretária
de Cultura de Paulínia, Tatiana
Quintella, o projeto custou R$
53 milhões e adota o padrão do
Kodak Theatre, em Los Angeles, onde a Academia de Artes e
Ciências Cinematográficas de
Hollywood realiza sua cerimônia de entrega do Oscar.
A construção do teatro, iniciada em agosto de 2005, integra plano da prefeitura de investir R$ 100 milhões no desenvolvimento da indústria
cultural, com ênfase no cinema.
A meta, segundo Quintella, é
ter a cultura como "segunda
fonte de renda da cidade" e ir
"além da idéia de pólo petroquímico", que notabiliza Paulínia. Desde 2006, a cidade, que
não possui sala de cinema, viu
surgir uma escola profissionalizante, duas leis de fomento à
atividade e um estúdio adaptado para filmagens.
O crítico Rubens Ewald Filho, consultor do projeto, dirige
o festival. "Anunciaremos filmes que vamos co-produzir e
teremos dois filmes rodados na
cidade durante o festival. Nosso diferencial é ser uma festa de
um pólo de cinema", diz ele.
O "ponto fraco do pólo cinematográfico" de Paulínia, segundo Ewald Filho, "é ser um
órgão governamental, que pode
ou não ter continuidade". O
atual prefeito e autor da idéia,
Edson Moura (PMDB), está no
segundo mandato consecutivo.
Não pode mais se reeleger. "Pode muito bem entrar um outro
[prefeito] louco que acabe com
tudo. Mas a gente tentou fazer
que a coisa ficasse tão grande
que, mesmo que queiram interromper a política no ano que
vem, não dê", diz Ewald Filho.
A competição de longas do 1º
Festival de Paulínia conta com
12 títulos, entre ficções e documentários, sendo dois inéditos:
"Encarnação do Demônio", de
José Mojica Marins, e "Feliz
Natal", de Selton Mello.
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