São Paulo, quinta-feira, 04 de agosto de 2005

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ARTES PLÁSTICAS

Bienal que abre em setembro anuncia 173 participantes e destaca o escultor mineiro em um módulo

Mercosul homenageia Amilcar de Castro

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A Bienal do Mercosul terá 173 participantes e vai prestar um tributo ao construtivismo brasileiro no módulo ""Da Escultura à Instalação", onde Amilcar de Castro (1920-2002) será o grande homenageado. Franz Weissmann, morto no último dia 18, também terá obras no evento, que ocorrerá entre os dias 30 de setembro e 4 de dezembro, em Porto Alegre.
No mesmo vetor, também haverá obras dos artistas Hélio Oiticica (1937-1980), Lygia Clark (1920-1988) e Lygia Pape (1927-2004).
Os nomes dos participantes da edição deste ano, a quinta, foram anunciados pelo presidente da Fundação Bienal do Mercosul, Elvaristo do Amaral, e pelo curador-geral, Paulo Sergio Duarte.
De acordo com a organização da bienal, a mostra deste ano tem o objetivo de se tornar uma das maiores produções de difusão da arte latino-americana.
"Como instrumento de valorização e de integração cultural, estamos seguros de que a 5ª Bienal do Mercosul desenvolverá um intercâmbio ainda maior entre nossos países e explorará todo o potencial dessa aliança com excelentes resultados", afirmou Elvaristo do Amaral, que colocou como meta, ao abordar o tema ""Histórias da Arte e do Espaço", o estabelecimento de uma ponte entre o grande público e a produção artística contemporânea.
"Escolhi um tema aberto e clássico da história da arte: a questão do espaço, para permitir livres abordagens tanto pelos artistas como pelos curadores dos diversos países participantes", disse Paulo Sergio Duarte.
Haverá quatro vetores na mostra: ""Da Escultura à Instalação", em que são apresentadas as manifestações escultóricas e as instalações; "Transformações do Espaço Público", que se refere a oito intervenções públicas -quatro serão deixadas como um presente para Porto Alegre; ""Direções do Novo Espaço", que explora o uso de novas técnicas, desde a fotografia e o vídeo até o uso dos meios digitais na arte; e ""A Persistência da Pintura", que revela a força desse meio de expressão na produção contemporânea.
Haverá, também, uma exposição especial, no cais do porto: "Fronteiras da Linguagem", com a presença de artistas de fora da América Latina.
Entre os outros artistas participantes, haverá obras de contemporâneos brasileiros como José Resende, Nuno Ramos, Carmela Gross, Waltércio Caldas, Carlos Vergara, Siron Franco, Lenora de Barros e Miguel Rio Branco, junto a "históricos" como Abraham Palatnik, Alfredo Volpi e Mira Schendel.


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