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CINEMA
Espectadores acusam empresa de inventar textos elogiosos
Sony faz acordo de US$ 1,5 milhão em processo por resenhas de filmes
DA REDAÇÃO
A Sony Pictures Entertainment,
braço cinematográfico da multinacional japonesa, fechou um
acordo de US$ 1,5 milhão (cerca
de R$ 3,5 milhões) para indenizar
um grupo de cinéfilos norte-americanos que haviam processado a
empresa, acusando-a de usar falsas críticas para induzi-los a ver
filmes "medíocres", segundo informou anteontem Norman Blumenthal, advogado responsável
pela causa dos acusadores.
A Sony pagou para encerrar a
ação civil coletiva apresentada em
2001 pelo grupo de espectadores.
A juíza da Corte Superior de Los
Angeles, Carolyn Kuhl, resolveu o
acordo na semana passada, antecipando-se a uma audiência marcada para anteontem.
O grupo entrou com a ação após
a revista "Newsweek" publicar
um artigo em que acusava a Columbia Tristar, que pertence ao
grupo Sony, de usar resenhas supostamente escritas por um crítico inexistente, David Manning,
para fazer publicidade de vários
filmes do estúdio em 2000 e 2001,
como "O Homem sem Sombra" e
"Coração de Cavaleiro".
Manning, que, segundo a Sony,
trabalhava para o pequeno diário
"The Ridgefield Press", de Connecticut (EUA), nunca existiu, segundo os acusadores. A empresa
não admitiu o erro e não fez comentários, mas preferiu fechar o
acordo para evitar os custos e a incerteza sobre o resultado de um
processo litigioso. Pelos termos
acordados, os espectadores desistiram de suas reclamações.
O acordo inclui todo o público
que, entre 3 de agosto de 2000 e 31
de outubro de 2001, comprou ingressos para assistir nos cinemas
dos Estados Unidos aos filmes "O
Homem sem Sombra" (com Kevin Bacon), "Limite Vertical",
"Coração de Cavaleiro", "Animal" e "O Patriota" (com Mel
Gibson). Esses espectadores devem registrar uma declaração para ter direito ao reembolso de US$
5 (R$ 11,70) por ingresso. Qualquer verba que venha a sobrar irá
para instituições de caridade.
Após o caso vir à tona, o estúdio
suspendeu temporariamente dois
executivos e prometeu monitorar
com mais afinco suas campanhas
de publicidade e anúncios.
A ação foi inicialmente movida
por dois cinéfilos da Califórnia
que se disseram enganados pela
publicidade de "Coração de Cavaleiro". Em um anúncio para o longa, era citada uma declaração do
suposto crítico Manning em que
chamava o ator do filme Heath
Ledger de "o mais quente novo
astro do ano". Já no anúncio de
"Animal", Manning era citado dizendo: "O time de produção de "O
Paizão" entrega outro vencedor".
Com agências internacionais
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