São Paulo, sexta-feira, 04 de agosto de 2006

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Com Tigarah, o funk carioca fala japonês

DA REPORTAGEM LOCAL

Se o pop é feito de personagens estranhos, Tigarah é a mulher da vez. Afinal, ela é japonesa e canta funk carioca de batidas produzidas por um suíço. E nas letras incita as garotas a "não deixarem nada barato" e a "brigar por seus direitos".
"Tigarah tem tudo a ver com "girl power'", diz Yuko Takabatake, 24, por e-mail. "As meninas têm que lutar pelo que acreditam e fazer o melhor todos os dias. Essa música é sobre a energia que existe em garotas como eu. É uma canção alegre para as meninas fazerem o que bem entenderem."
Após estudar ciências políticas na Keio University, em Tóquio, Takabatake, ou Tigarah, conheceu o funk carioca há cinco anos, por meio de amigos brasileiros que moravam no Japão. "Estava numa festa e começaram a tocar funk. Foi um choque! Adoro as batidas e aquelas danças sexies."
Empolgada, viajou várias vezes a São Paulo e ao Rio para conhecer melhor o ritmo. "Na época, o funk carioca não era popular na Europa e nos EUA e nem no próprio Brasil. Ninguém estava interessado em fazer músicas comigo. Até que eu encontrei Mr. D., no Rio, o único que realmente estava interessado na música."
Mr. D é o suíço Manuel Stagars, produtor que hoje vive em Los Angeles e responde pelas batidas de músicas como "Girl Fight!", "Boys & Girls", "Everything Is in Your Hand" e "The Game in Rio" (todas elas podem ser ouvidas no site www.tigarah.net).
Tigarah canta um pouco em inglês, mas principalmente em japonês, pois "as rimas ficam mais interessantes". Sim, funk carioca em japonês... (TN)


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