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Com Tigarah, o funk carioca fala japonês
DA REPORTAGEM LOCAL
Se o pop é feito de personagens estranhos, Tigarah é a mulher da vez. Afinal, ela é japonesa e canta funk carioca de batidas produzidas por um suíço. E
nas letras incita as garotas a
"não deixarem nada barato" e a
"brigar por seus direitos".
"Tigarah tem tudo a ver com
"girl power'", diz Yuko Takabatake, 24, por e-mail. "As meninas têm que lutar pelo que
acreditam e fazer o melhor todos os dias. Essa música é sobre
a energia que existe em garotas
como eu. É uma canção alegre
para as meninas fazerem o que
bem entenderem."
Após estudar ciências políticas na Keio University, em Tóquio, Takabatake, ou Tigarah,
conheceu o funk carioca há cinco anos, por meio de amigos
brasileiros que moravam no Japão. "Estava numa festa e começaram a tocar funk. Foi um
choque! Adoro as batidas e
aquelas danças sexies."
Empolgada, viajou várias vezes a São Paulo e ao Rio para conhecer melhor o ritmo. "Na
época, o funk carioca não era
popular na Europa e nos EUA e
nem no próprio Brasil. Ninguém estava interessado em fazer músicas comigo. Até que eu
encontrei Mr. D., no Rio, o único que realmente estava interessado na música."
Mr. D é o suíço Manuel Stagars, produtor que hoje vive em
Los Angeles e responde pelas
batidas de músicas como "Girl
Fight!", "Boys & Girls", "Everything Is in Your Hand" e "The
Game in Rio" (todas elas podem ser ouvidas no site
www.tigarah.net).
Tigarah canta um pouco em
inglês, mas principalmente em
japonês, pois "as rimas ficam
mais interessantes". Sim, funk
carioca em japonês...
(TN)
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