São Paulo, terça-feira, 04 de agosto de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

Interação entre natureza e homem marca "A Ostra..."

CRÍTICO DA FOLHA

Não é possível apreciar a natureza e não se encantar por "A Ostra e o Vento" (Canal Brasil, 22h; 12 anos). Existe a ilha onde a menina mora com seu pai alucinado. Existe o mar em torno, pois ele se ocupa de um farol. Existe o vento: única potência com que ela poderá se relacionar, já que o pai a impede de contato com humanos -homens em particular.
Existe ao lado a natureza humana, esse pau para toda obra da história universal da infâmia: cada vez que a coisa aperta, ela ressurge, salvadora -e, pronto, tudo se justifica.
Mas a natureza em si é mais interessante, pois neste filme funciona como uma espécie de duplo insidioso dos humanos. Pode até assumir sua forma, como se verá. Essa relação íntima entre a natureza e o homem constitui com frequência o desafio dos filmes de Walter Lima Jr.: é nas situações mais ingratas que ele se dá melhor.
(INÁCIO ARAUJO)


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