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COMIDA
VINHO
Adega de Rio Negro, na Argentina, traz a São Paulo novos rubros
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
A italiana Noemi Marone
Cinzano, dona da Argiano, renomada vinícola da Toscana, e
o enólogo dinamarquês Hans
Vinding-Diers são os proprietários da Bodega Noemía.
A adega argentina não está
em Mendoza, coração da
indústria do país, mas a cerca
de 1.000 km ao sul, em Rio
Negro, província reputada
pelas suas pêras e maçãs mas
também antiga produtora
de uvas e vinhos.
Precisamente uma antiga e
minúscula vinha de malbec,
plantada em 1932, cativou a dupla, que terminou por comprá-la, elaborando em 2001 o seu
primeiro tinto, o delicioso Noemía. A sua estréia colocou a Rio
Negro no mapa dos vinhos de
ponta platinos.
O casal visitou São Paulo recentemente para apresentar as
edições 2006 dos seus rubros,
agora três, com a adição ao
portfólio do A Lisa e do J. Alberto, outros dois malbec
-com um toque de merlot.
O A Lisa exibiu a expressão
de fruta e a untuosidade que
são a marca registrada de
Vinding-Diers (89/100, R$
82,34). O J. Alberto, denso
e longo, trouxe novamente à
tona as frutas vermelhas e
a suave especiaria, dominando
um paladar macio (92/100,
R$ 119,63).
Já o Noemía, fruto do vinhedo de 1932, intenso, complexo
(ameixas, cedro, baunilha, toque floral), sedoso e sedutor,
mostrou-se mais uma vez como
um dos melhores tintos do Cone Sul (94/100, R$ 295,35, todos oferecidos pela Vinci, tel.
0/xx/11/2797-0000).
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