São Paulo, segunda-feira, 04 de outubro de 2010

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Em comédia, sexo vira o esporte nacional

DA ENVIADA AO RIO

O Brasil não só está na moda como está, de novo, alimentando um imaginário estrangeiro que passa pela alegria, pela musicalidade e pela sensualidade do povo.
O Festival do Rio criou uma mostra, chamada de "O Brasil do Outro", destinada a abrigar títulos que trazem esse olhar de fora, essa câmera intrusa para a cidade.
Entre os filmes exibidos, estão os documentários "Rio Sonata", do francês Georges Gachot, e "Complexo: Universo Paralelo", do português Mário Patrocínio.
Gachot usou a silhueta perfeita da baía de Guanabara como cenário para a música de Nana Caymmi. É um filme que forja, do Brasil, a beleza e o talento.
Já Patrocínio quis subir o morro do Alemão para, de perto, conhecer o cotidiano de seus moradores.
Descobriu o que os documentaristas brasileiros já haviam descoberto. Mas sua câmera não consegue disfarçar o encantamento com o "jeito brasileiro de ser".
"Rio Sex Comedy", apesar de ter sido apresentado fora dessa mostra, é outro dos filmes a tentar compreender o incompreensível do Brasil.
O diretor Jonathan Nossiter usou personagens estrangeiros -uma antropóloga, um embaixador e uma cirurgiã plástica- para brincar com os estereótipos e com as manias nacionais.
O filme pode ser definido como uma "comédia sociológica" e joga na tela a praga das cirurgias plásticas, o "favela tour", a caipirinha, o papel das empregadas domésticas e o sexo à flor da pele.
No longa, o sexo é, de longe, o principal esporte nacional. Os personagens, com os hormônios tão atiçados, nem se lembram do futebol. (APS)


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