São Paulo, sábado, 04 de novembro de 2006 |
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TRECHO Ela tirou as mãos de suas mãos. O que ele queria dela? Ela fazia tudo o que ele queria: ia ao Clube quando ele mandava; comparec ia a todos os seus compromis sos. O que mais havia para dar? Começou a chorar, cobriu o rosto com as mãos. Ele não tinha uso para as virtudes de esposa que podia lhe oferecer: Cambridge o havia ensinado a querer mais; a ter sempre certeza de que não havia nada em suspensão, a comprar a alma de uma mulher com a moeda da ternura e da paciência. Essa idéia a deixava apavorada. Era uma sujeição que ficava além da decência, além do que podia imaginar. Não conseguia pensar nisso. Qualquer coisa seria melhor que se submeter. Extraído de "O Palácio de Espelho", de Amitav Ghosh Texto Anterior: Crítica/romances: Autores evidenciam sutilezas sociais do Oriente Próximo Texto: Mônica Bergamo Índice |
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